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Onda de violência entre Israel e Palestina completa 50 dias

Sexta, 17 de novembro de 2000, 02h13min
Há exatos 50 dias, a onda de violência palestino-israelense, que já deixou 229 mortos, tinha seu início com a visita do líder direitista israelense Ariel Sharon à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, local sagrado para muçulmanos e judeus (que o chamam de Monte do Templo).

A visita foi encarada como uma provocação pelos palestinos, em meio a uma disputa de forças sobre o controle dessa parte da cidade, reivindicada pelo presidente da Autoridade Palestina (AP), Yasser Arafat, como a capital de um futuro Estado independente.

Nos dias seguintes, os confrontos espalharam-se pelos territórios de Gaza e Cisjordânia, ocupados por Israel. Uma semana depois, Arafat e o primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, faziam sua primeira tentativa de paz em uma reunião em Paris com a secretária de Estado dos EUA, Madeleine Albright. Arafat, porém, recusou-se a assinar um acordo por causa da falta de consenso sobre a criação de uma missão internacional para investigar as causas da onda de violência.

Diante da elevação do número de mortos - a maioria deles palestinos - o Conselho de Segurança da ONU condenou, em 7 de outubro, Israel pelo uso de força excessiva nos confrontos. Os EUA preferiram abster-se da votação da resolução. Barak respondeu ameaçando encerrar o processo de paz caso as manifestações palestinas e os ataques com pedras não cessassem em dois dias.

Numa tentativa de interveção, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, voa para a região, para manter conversações com Barak e Arafat. A iniciativaa não surte efeitos. Dias após a chegada de Annan, um grupo de palestinos mata por linchamento dois soldados israelenses que haviam sido presos em Ramallah, na Cisjordânia. Em reposta, helicópteros de Israel bombardeiam alvos palestinos. A guerrilha Hezbollah acirra a tensão ao anunciar a captura de um coronel israelense no Líbano.

No dia 16 de outubro, mesmo sob um clima de baixa expectativa, Arafat e Barak reúnem-se no balneário de Sharm el-Sheikh, no Egito. No papel de mediadores, Bill Clinton e o rei da Jordânia, Abdullah. A reunião durou um dia a mais que o previsto e termninou com um compromisso bilateral de deter os confrontos. A promessa teve fôlego curto.

Apenas três dias depois, choques entre colonos judeus e palestinos em Nablus começam a ruir o acordo de Sharm el-Sheikh. Um palestino e um israelense morreram. Ambos os lados culpam-se pelas violações ao acordo. No mesmo dia, 19 de outubro, a Comissão de Direitos Humanos da ONU aprovava a resolução condenando Israel por "violação gritante, sistemática e ampla aos direitos humanos".

Israel determina, três dias depois, uma pausa unilateral no processo de paz, ao mesmo tempo em que Barak intensifica seus esforços para formar um governo de união nacional com Sharon. Eles se reúnem, mas as tentativas de aproximação não dão em nada. Sharon quer oito ministérios e insiste em ter poder de veto sobre as negociações com os palestinos.

Uma semana depois, o confronto assume novos contornos. Um membro do grupo radical Jihad Islâmica comete um atentado suicida contra posições israelenses e o Hezbollah sugere que ataques semelhantes sejam feitos.

Na madrugada do dia 1º de novembro, Arafat e o ex-primeiro-ministro israelense Shimon Peres conseguem fechar um acordo para a imposição de uma trégua na escalada de violência. Horas depois do anúncio, porém, um carro-bomba explode em Jerusalém. Dois judeus morrem e onze ficam feridos. A Jihad Islâmica reivindica a autoria do ataque e a trégua resiste apenas por alguns dias.

Em 9 de novembro, Clinton recebeu Arafat em Washington, numa tentativa de reativar o diálogo entre palestinos e israelenses. A violência persiste e dois dias depois um dos líderes da Fatah - a facção de Arafat dentro da estrutura da OLP - é morto num ataque de Israel. A reunião entre Barak e Clinton na Casa Branca, no domingo, não atingiu resultados concretos. No dia seguinte, três civis israelenses são mortos por franco-atiradores palestinos na Cisjordânia e oito ficaram feridos. Barak ordena a adoção de "medidas apropriadas" de retaliação. Ontem, a nova vítima foi o médico alemão Harald Fischer, atingido num ataque a mísseis de Israel quando ia socorrer vizinhos feridos.

Assim como Barak, que enfrenta críticas por não adotar ações mais duras contra os palestinos, Arafat vê seu poder confrontado por radicais que desejam a guerra como caminho para a paz.

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O Estado de S. Paulo

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