Os países árabes criticaram a neutralidade da União Européia (UE) no conflito entre israelenses e palestinos durante a reunião euromediterrânea de Marselha (Sul da França), afirmou nesta quinta-feira um participante árabe do encontro ministerial. "A UE não pode suavizar as coisas e dizer que as duas partes são igualmente responsáveis pela violência", afirmou esta fonte. A declaração reflete o sentimento geral dos países árabes, que "insistiram na importância do papel europeu" no processo de paz entre palestinos e israelenses."A UE deve tomar posições firmes. Não basta dizer que situação é desfavorável", avalia este membro das delegações árabes que participam da reunião ministerial entre a UE e 12 países mediterrâneos, entre os quais estão Israel e a Autoridade Palestina. Na reunião posterior ao encontro realizado na quarta-feira à noite, foi ressaltada a importância de enviar uma força internacional para proteger os palestinos, como medida de segurança.
Entretanto, a proposta foi vigorosamente rechaçada pelo chanceler israelense, Shlomo Ben Ami, que pediu o fim da violência e a abertura do diálogo com os palestinos. Uma fonte diplomática francesa reconheceu que no encontro os árabes pediram que a UE desempenhe um papel mais ativo no processo de paz, que até o momento tem sido modesto, com a intervenção do enviado especial da UE, o espanhol Miguel Angel Moratinos. Mas esta fonte acredita que a participação européia está evoluindo, ainda que lentamente.
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