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Israel reforça bloqueios e quarta-feira promete ser tensa

Terça, 14 de novembro de 2000, 18h59min
De regresso dos EUA, o primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, cancelou hoje (14) um encontro que teria em Londres com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, para apressar sua chegada a Israel, onde iria manter à noite uma reunião de emergência com o gabinete de segurança. Barak reuniu-se apenas com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan no Aeroporto de Heathrow, em Londres.

Barak está sob forte pressão dos militares e de parte da opinião pública para tomar medidas mais duras de retaliação contra os palestinos, depois que na segunda-feira quatro israelenses - dois civis e dois soldados - foram mortos em emboscadas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Foi o maior número de mortes num só dia de cidadãos de Israel desde o início da atual onda de violência, em 28 de setembro.

Das 217 mortes, 90% são de árabes. Hoje, quatro palestinos foram mortos pelo Exército, dois deles adolescentes de 13 e 16 anos que atiravam pedras contra os soldados. Os garotos e um rapaz teriam sido atingidos em meio a um tiroteio. Um outro homem, de 50 anos, faleceu quandos seu carro foi apedrejado por colonos judeus, segundo testemunhas árabes.

Hoje, as manifestações contra a ocupação israelense prosseguiram em Gaza e na Cisjordânia, territórios tomados por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Em resposta às emboscadas de segunda-feira, o Exército bloqueou nesse dia oito cidades cisjordanas autônomas, na área sob controle da Autoridade Palestina (AP). Os moradores não podem entrar nem sair dessas localidades. Os palestinos também estão proibidos de ingressar em Israel desde o fim de setembro, o que impede cerca de 120 mil pessoas de trabalhar no país.

Os militares fecharam as estradas que conduzem às cidades de Belém, Hebron, Jenin, Jericó, Qalqiliya, Nablus, Ramallah e Tulkarem. "Quando a situação ficar ruim para nós, estará muito pior para eles", afirmou o ministro Binyamin Ben-Eliezer, que substituía Barak na sua ausência. Segundo Ben-Eliezer, os ataques de segunda-feira foram provavelmente obra do grupo extremista Jihad Islâmica. Mas tanto ele como Barak responsabilizaram o presidente da AP, Yasser Arafat, pelas mortes dos israelenses.

A Tanzim, braço armado da organização Fatah - a mais importante e de maior influência na AP - marcou para amanhã um dia de luta contra os assentamentos judaicos nos territórios árabes, para marcar a proclamação simbólica do Estado palestino em Argel, em 1988. Dirigentes da Tanzim na Cisjordânia dizem que seu objetivo é isolar os colonos. Hoje, os dirigentes palestinos marcaram para daqui a duas semanas a reunião de seu mini-Parlamento, que decidirá se declarará um Estado independente.

A Rádio Israel informou que Barak não descarta a possibilidade de participar de uma reunião com Arafat antes do fim do mandato do presidente americano, Bill Clinton, em janeiro. Ele reuniu-se com Clinton no domingo para discutir saídas para o conflito e condicionou a presença na cúpula à intervenção de Arafat para pôr fim à Intifada de Al-Aqsa, como os palestinos denominam os protestos.

Arafat enviou hoje suas condolências à família de Leah Rabin, viúva do ex-primeiro-ministro de Israel Yitzhak Rabin, assassinado em novembro de 1995. Ela faleceu domingo, de câncer, e será enterrada amanhã. No início, especulava-se que Arafat iria ao funeral, mas a imprensa israelense considerou que isso é pouco provável. Barak disse que não seria adequada sua presença ou a apresentação pessoalmente de condolências aos parentes dos Rabins, dada a atual crise na região.

Os jornais locais assinalam que Arafat não iria porque o enterro será em Jerusalém - principal foco da disputa entre árabes e judeus - e num momento de escalada do conflito. Além disso, membros da direita israelense estão protestando contra a possível presença dele e pedindo sua prisão. Arafat não foi ao funeral de Rabin - seu aliado no processo de paz - mas depois fez uma visita secreta a Leah em Tel-Aviv, disfarçado, para expressar suas condolências.

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Agência Estado

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