O primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak, afirmou nos Estados Unidos a líderes judeus de todo o mundo na segunda-feira que cabia aos palestinos colocar fim à violência que atinge a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. "Não há necessidade de meias palavras: estávamos prontos para a paz e a reconciliação, e os palestinos optaram pela confrontação violenta", afirmou, horas depois de os embates mais recentes terem deixado quatro palestinos e quatro israelenses mortos. Os palestinos acusam o Exército israelense de abusar da força ao enfrentar manifestantes e homens armados, mas as tropas de Israel insistem agir apenas em defesa própria.
"A liderança palestina deve colocar fim à violência e restabelecer a calma", afirmou Barak. "Serei claro. Não iremos recompensar a violência. Iremos agir com força para defender nossos civis e nossos soldados, mesmo enquanto procuramos a paz". O premiê discursou à Assembléia Geral de Comunidades Judaicas Unidas, em um encontro descrito como o maior de líderes judeus de todo o mundo.
Várias medidas de segurança foram tomadas para proteger o local do encontro, em Chicago (Costa Oeste). Cerca de mil manifestantes anti-Israel foram mantidos à distância. As quase sete semanas de confrontos entre palestinos e israelenses deixaram 214 mortos, a sua maioria árabes.
Barak afirmou esperar que as negociações mantidas entre ele e o presidente dos EUA, Bill Clinton, no domingo colocassem fim aos distúrbios. O objetivo é retornar à mesa de negociações. O presidente palestino, Yasser Arafat, reuniu-se com Clinton dias antes, na quinta-feira.
Leia mais:
» Segundo palestino morto por balas israelenses hoje
» Soldados israelenses matam jovem palestino
» Israel acusa Jihad islâmica de fazer emboscada em Ramallah
» EUA enxergam chance de conversações em funeral de Lea Rabin
» Para Barak, Israel endureceu sua posição no processo de paz
» Israel se queixa da cobertura do Oriente Médio pela CNN
» Novas mortes fazem Barak desmarcar reuniões e voltar a Israel
» Entenda os conflitos no Oriente Médio