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Rússia já admite que marinheiros podem estar mortos

Sexta, 18 de agosto de 2000, 17h27min
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, saiu hoje em defesa própria e na de seus almirantes pela forma como reagiram à tragédia do submarino Kursk, encalhado desde sábado no fundo do mar de Barents, enquanto ninguém na Rússia acredita mais que os 118 tripulantes ainda estejam vivos.

Começa agora a ganhar força a hipótese de que os marinheiros presos a 108 metros de profundidade morreram já no sábado, depois de o submarino ter supostamente sofrido uma ou mais explosões internas ou colidido com um objeto.


Férias suspensas - Sob pressão da opinião pública, Putin voltou hoje a Moscou, suspendendo suas férias num balneário do mar Negro. Graças à melhora das condições do mar, foram retomadas durante todo dia de hoje as tentativas de se acoplar as pequenas cápsulas de resgate ao submarino, enquanto que espera-se para amanhã a chegada de especialistas britânicos com seu "helicóptero submergível".

As cápsulas conseguiram chegar ao submarino, mas não conseguiram se acoplar devido ao fato de a escotilha de escape estar avariada.

Esforços inúteis - O próprio Putin admitiu que os esforços "foram todos inúteis", declaração referendada por um jornalista da televisão russa, o único a assistir no alto mar as operações de socorro.

O jornalista informou que, na verdade, os desesperados golpes dados por tripulantes na parte interna do navio para pedirem ajuda, que oficialmente não são mais escutados desde quarta-feira, haviam cessado na segunda-feira, quando a tragédia do submarino foi conhecida pelo público.

Segredos e mentiras - Já estando selada a sorte da tripulação do Kursk, que, segundo a agência de notícias Interfax, era formada por 86 oficiais e suboficiais e 31 marinheiros rasos, a atenção voltou-se agora para a polêmica sobre o segredo que envolveu o acidente e as mentiras que o acompanharam.

Putin foi criticado por seu papel na condução dos esforços de resgate e hoje se defendeu dizendo que "meu primeiro impulso ao saber da notícia foi de viajar para Murmansk", base ártica onde se concentram as operações de salvamento.

Ele acrescentou que apenas não viajou "porque a chegada de estranhos, especialmente de alta hierarquia, ao local do acidente, prejudicaria mais do que ajudaria as operações de resgate".

Putin também tentou defender as autoridades militares, dizendo: "Pode-se não estar de acordo, mas pode-se entender o atraso em se anunciar a tragédia, pelo menos até quando eles mesmos não entendiam o que tinha ocorrido".

Ajuda internacional - O presidente negou que tenha rechaçado ajuda estrangeira. Ele justificou que, antes de aceitar a ajuda, "nossos especialistas começaram a discuti-la com seus colegas ocidentais".

O comandante da Frota Norte da Rússia, almirante Vyacheslav Popov, disse hoje que o Kursk sofreu uma violenta explosão interna. Mas ele afirmou não estar ainda claro o que causou a explosão.

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