Script = https://s1.trrsf.com/update-1765224309/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

ROG Xbox Ally é experiência completa de um PC gamer portátil no seu bolso

Ele une PC portátil, cloud gaming e ecossistema Xbox. Ele acerta em vários pontos, erra em outros, mas entrega uma experiência bem versátil.

1 dez 2025 - 11h14
(atualizado às 11h32)
Compartilhar
Exibir comentários
ROG Xbox Ally
ROG Xbox Ally
Foto: Sammy Anderson

Quando você bate o olho pela primeira vez, é normal confundir o ROG Xbox Ally com um “Xbox Series portátil”. A silhueta branca, os botões coloridos no padrão Xbox e a vibe de aparelho oficial da Microsoft entregam essa ilusão de ótica certinha. Mas é aí que mora o primeiro ponto fundamental sobre ele, e que eu preciso reforçar logo de cara: o ROG Xbox Ally NÃO é um Xbox portátil.

Ele parece. Ele combina. Ele abraça o ecossistema. Mas ele não é.

O Xbox Ally é, na verdade, um PC portátil completo, um computador de verdade rodando Windows 11, com tudo o que isso significa: jogos, apps, navegadores, programas de produtividade, launchers diferentes e, claro, a liberdade absoluta para acessar praticamente qualquer biblioteca existente: Xbox Play Anywhere, Steam, Epic Games, GOG, Battle.net, Ubisoft Connect, Itch.io… se roda no seu PC de mesa, a chance é enorme de rodar aqui também.

E tem mais: além dos jogos executados localmente, você também pode transformar o Ally em uma máquina híbrida de cloud gaming, abrindo o Xbox Cloud Gaming direto pelo navegador ou pelo app do Game Pass. Isso significa que até títulos mais pesados, que talvez não rodassem tão confortáveis localmente, ficam totalmente acessíveis pela nuvem. Testamos isso com Call of Duty, e o resultado foi mais do que satisfatório.

Com uma boa internet, o portátil vira literalmente um console “sob demanda”, onde você abre jogos instantaneamente, sem instalar nada. É quase um “Xbox portátil”, mas não por causa do hardware, e sim por causa do ecossistema que ele abraça tão bem.

No fim das contas, o ROG Xbox Ally é isso: um mini PC gamer premium que você leva na mochila — ou quase no bolso.

ROG Xbox Ally
ROG Xbox Ally
Foto: Sammy Anderson

Design e primeiras Impressões: onde o ROG Xbox Ally acerta sem medo

A primeira pegada nele já entrega tudo: robustez, firmeza e charme. O acabamento branco fosco com detalhes geométricos passa um ar futurista sem exagero, daquele jeito que só a ASUS e a Microsoft conseguem quando resolvem trabalhar juntas. É um aparelho que inspira confiança, mas que ao mesmo tempo não pesa, não incomoda, não cansa. É leve, bem distribuído e confortável — perfeito pra jogar no sofá, no busão, no avião, ou naquela madrugada em que você finge que vai dormir mas só mais um capítulo de Starfield não faz mal.

A ergonomia é deliciosa: as curvas encaixam certinho na mão, os gatilhos têm pressão ideal, e os botões ABXY no padrão Xbox trazem familiaridade instantânea. É aquele tipo de gadget que você segura e pensa: “cara, isso aqui foi feito para ser usado por horas.”

E a experiência não fica só na pegada. O áudio surpreende demais: as caixas de som são altas, limpas e com graves mais encorpados do que a categoria promete. Jogar Forza, Halo ou até um indie musical com o volume em metade já preenche o ambiente com um som limpo e imersivo. Poucos portáteis entregam esse tipo de impacto sem headset — e o Ally é um deles.

Mas o show começa mesmo é quando você liga o aparelho. O sistema inicializa com o Windows 11 completo, igual ao seu PC. E isso, claro, é ao mesmo tempo uma bênção e um possível contratempo.

ROG Xbox Ally
ROG Xbox Ally
Foto: Sammy Anderson

Windows 11 – o melhor e o pior "aliado" do Ally

Ter o Windows 11 num portátil como o Ally é, ao mesmo tempo, sua maior força e sua maior dor de cabeça. De um lado, você ganha acesso total ao mesmo ecossistema que já usa no seu PC de mesa: todos os seus jogos, launchers, apps, navegadores, ferramentas de trabalho e até programas mais pesados rodam aqui sem cerimônia. Nada de limitações, nada de loja fechada, nada de restrições — é literalmente um PC que cabe na sua mão.

Mas, por outro lado, isso traz junto todo o pacote burocrático que a gente já conhece do Windows:

atualizações intermináveis,

patches de segurança,

reinicializações obrigatórias,

drivers aparecendo meio que do nada,

e, claro, aquela clássica mensagem “não desligue o computador”.

Ou seja, junto com a liberdade absoluta, você também herda o lado “Microsoft raiz”, com tudo que isso implica.

E vale o aviso: a primeira vez que você liga ele é quase um mini-ritual de iniciação. Ele vai conectar na internet, baixar pacotes gigantes, atualizar drivers, calibrar o sistema, otimizar o Armoury Crate, reiniciar algumas vezes… só depois disso ele fica realmente pronto para uso. E aí sim vem a parte divertida: você faz login com sua conta Microsoft, sincroniza suas compras, ativa o Xbox Play Anywhere e libera todo o ecossistema de jogos do Xbox no portátil.

É o preço da liberdade e, ao mesmo tempo, o preço de carregar um PC gamer completo dentro de um aparelho do tamanho de um controle.

ROG Xbox Ally
ROG Xbox Ally
Foto: Sammy Anderson

Tela, Hardware e Configurações – Onde o Portátil Realmente Brilha

Se tem um ponto em que o ROG Ally faz questão de mostrar serviço, é na tela. Ela é, sem exagero, um dos maiores destaques do aparelho. Estamos falando de um painel de 7 polegadas, com resolução 1080p, taxa de atualização 120 Hz e tecnologia IPS de altíssima qualidade. É uma combinação que entrega cores vivas, brilho consistente e movimentos absurdamente fluidos.

Em shooters competitivos ou hack ’n slash acelerados, esses 120 Hz fazem toda a diferença. A resposta é rápida, o ghosting é mínimo e a sensação é de estar jogando num monitor gamer reduzido. Já em RPGs mais lentos, jogos de estratégia, visual novels ou experiências indies com direção artística caprichada, o painel IPS brilha igual: a nitidez e a saturação fazem cada detalhe se destacar.

Mas a beleza da tela só funciona porque o hardware por trás acompanha. O modelo testado vem com o AMD Ryzen Z2 A, um chip projetado especialmente para portáteis que precisam equilibrar força bruta e eficiência energética. Ele trabalha em conjunto com 16 GB de RAM — mais do que suficiente para multitarefa e jogos modernos — e uma GPU integrada AMD Radeon Graphics com 6 GB de VRAM dedicada, algo incomum nessa categoria.

Esse conjunto entrega desempenho sólido: jogos atuais rodam com configurações competentes e estabilidade surpreendente para um dispositivo que cabe na mochila. Títulos AAA exigentes pedem alguns ajustes? Sim. Mas nada fora do padrão dos portáteis. O Ally permite mexer em tudo — textura, sombra, resolução, FSR, temperatura máxima, TDP — e isso dá ao jogador liberdade total para encontrar o sweet spot ideal entre fidelidade visual e performance.

O toque final vem da própria natureza do sistema: como o Windows 11 é totalmente multitouch, usar o Ally como mini notebook, tablet improvisado ou console portátil se torna muito natural. Navegar menus, ajustar configurações, arrastar janelas ou até usar softwares fora do mundo gamer é simples, rápido e intuitivo.

No conjunto geral, o ROG Ally se posiciona como um dos portáteis mais completos, poderosos e versáteis disponíveis hoje. Ele junta uma tela premium, hardware competente, sistema aberto e uma infinidade de possibilidades de personalização. É o tipo de aparelho que entrega uma experiência real de PC gamer — só que no formato que você leva pra qualquer lugar.

Comparação Steamdeck, Switch 2 e ROG Xbox Ally
Comparação Steamdeck, Switch 2 e ROG Xbox Ally
Foto: Sammy Anderson

Comparando com o Switch 2 – Um Embate Injusto (por motivos diferentes)

O Switch 2 segue intocável no território dos exclusivos, e isso ninguém tira da Nintendo. Mario, Zelda, Pokémon e Metroid formam um ecossistema tão forte que nenhum portátil do mercado consegue competir nessa categoria. É um tipo de magia que só a Nintendo produz, aquele charme que atravessa gerações e faz o console se vender sozinho.

Mas quando a conversa muda para potência bruta e versatilidade, o jogo vira completamente. Aqui, o ROG Ally dispara na frente sem olhar pra trás.

Ele é mais forte, roda jogos muito mais pesados, abre múltiplas lojas, aceita praticamente qualquer launcher, permite ajustes profundos de desempenho e oferece uma liberdade de uso que o Switch 2 simplesmente não tenta entregar — porque não é o propósito dele.

O Switch 2 tem uma tela maior, é verdade, mas o Ally contra-ataca com maior taxa de atualização (120 Hz), resolução superior e um painel mais rápido e vibrante. No fim, são dois portáteis que não competem na mesma pista: a Nintendo domina os exclusivos; o Ally domina a potência e a flexibilidade.

Comparando com o Steam Deck – Console vs. PC

O Steam Deck é, sem dúvida, a opção mais amigável para quem quer algo simples e direto. Você tira da caixa, liga, instala os jogos e pronto: a experiência é linear, redondinha, praticamente sem fricção. A interface é intuitiva, tudo já vem pré-configurado e o sistema da Valve parece feito para acolher quem só quer jogar sem pensar muito em ajustes técnicos.

Mas o ROG Ally joga em outra categoria. Ele é… mais.

Mais forte na potência bruta, mais flexível na forma de usar, mais aberto nas possibilidades e muito mais personalizável. Enquanto o Deck se comporta como um console portátil, o Ally se assume como aquilo que realmente é: um PC full disfarçado de portátil elegante. Você tem acesso a múltiplos launchers, pode ajustar TDP, mexer em curva de ventoinha, alterar resolução, trocar APIs, habilitar FSR, modificar perfil de energia e até usar programas de produtividade ou trabalho.

Ele exige um pouco mais do usuário? Exige. Mas, em troca, oferece um nível de liberdade que nenhum console — e poucos portáteis — conseguem oferecer hoje. É literalmente colocar a força de um computador completo dentro de um aparelho leve que cabe na mão.

ROG Xbox Ally
ROG Xbox Ally
Foto: Sammy Anderson

Bateria: a parte mais “depende” do aparelho

A bateria de 60 Wh do Ally é competente, mas totalmente dependente do jeito que você usa o aparelho — e isso precisa ficar muito claro.

Em jogos pesados, rodando no modo Performance ou Turbo, com gráficos altos e FPS destravado, é comum ver a autonomia cair para algo entre 1h30 e 2h. Já em jogos leves, indies 2D ou títulos menos exigentes, usando o modo Silencioso ou Equilibrado, a autonomia pode subir bastante, chegando a 4h ou até 5h em cenários ideais.

Brilho alto, taxa de atualização em 120 Hz, resolução nativa, qualidade gráfica e até o tipo de jogo influenciam diretamente no gasto energético. E é aí que mora o diferencial do Ally: ele realmente deixa você escolher o que priorizar, através de várias configurações do próprio Windows, força bruta ou tempo longe da tomada. Quem ajusta bem as configurações consegue extrair muito mais da bateria; quem joga tudo no máximo, naturalmente, vê a autonomia despencar.

Tentando rodar jogos muito pesados

O ROG Xbox Ally também deixa muito claro que ele é um PC de verdade, e como todo PC, o desempenho depende completamente daquilo que você manda ele fazer.

Eu, por exemplo, tentei rodar Cyberpunk 2077 no ultra, todo empolgado, e obviamente deu tudo errado: quedas de FPS, aquecimento, engasgos — o pacote completo do “pedi demais pro bichinho”. Quando voltei para uma configuração mais equilibrada, com ajustes padrão e otimização inteligente, o jogo simplesmente rodou lindamente, estável e bonito.

Ou seja: o Ally entrega muito, mas exige que você tenha pelo menos um pouco de noção de configurações de PC, equilíbrio entre qualidade e performance, e como cada ajuste pesa no hardware. Quem sabe configurar, tira ouro dele. Quem simplesmente coloca tudo no ultra… vai sofrer.

Proteção demais? A tela do Ally nem sempre gosta

Uma observação importante sobre o ROG Xbox Ally, e que vale compartilhar para quem está pensando em comprar, é a questão da tela touchscreen. No meu caso, ao aplicar uma película de proteção (uma GShield, padrão premium), o touch simplesmente parou de funcionar. Não reconhecia toques, não deslizava, nada.

Como é um aparelho caro, é natural querer proteger a tela contra arranhões e impactos, então a película parecia indispensável. Mas, depois de testar e retestar, tive que remover a proteção para que o touch voltasse ao normal. É claro que isso pode não ser um problema do aparelho em si, e talvez seja apenas incompatibilidade com esse tipo específico de película. Ainda assim, fica a experiência registrada para quem pretende usar o Ally com proteção: talvez valha esperar por películas oficialmente compatíveis ou modelos desenvolvidos especificamente para esse portátil, evitando dor de cabeça com perda de sensibilidade.

Conclusão: um PC gamer portátil que entrega o que promete

No fim do dia, o ROG Xbox Ally é a melhor escolha para quem quer um PC gamer portátil completo, com direito a dock, monitor externo, teclado, mouse, múltiplos launchers e até cloud gaming.

Ele não é um “Xbox portátil”, mas oferece algo até maior: um ecossistema inteiro de possibilidades na palma da sua mão.

Fonte: Game On
Compartilhar
TAGS
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade