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Jogamos: King of Meat aposta no exagero e em fases caóticas com humor fora do padrão

Jogo mistura hack and slash com estética de programa de TV e criação de fases personalizadas

24 jun 2025 - 09h59
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King of Meat aposta no exagero e em fases caóticas com humor fora do padrão
King of Meat aposta no exagero e em fases caóticas com humor fora do padrão
Foto: Reprodução / Amazon Games

King of Meat é o tipo de jogo que já entrega o absurdo no título, mas ainda assim encontra espaço para surpreender. O visual exagerado, o ritmo descompassado e o formato de um programa televisivo fazem parecer que tudo ali está em disputa pelo protagonismo.

No meio da pancadaria, o humor escrachado dita o tom das fases e transforma cada cenário em um palco caótico. A direção claramente aposta na confusão como ferramenta de estilo, e o resultado é um jogo que se recusa a seguir qualquer padrão.

Um programa de TV completamente fora da linha

Um dos destaques do título é seu estilo bem-humorado nas cenas e diálogos. Em um dos momentos, há uma apresentação do programa de TV no qual participamos, chamado MeatMania, uma clara sátira à WrestleMania, principal evento anual da WWE. Outra cena engraçada envolve apresentadores de TV que fazem referência a âncoras americanos, incluindo uma paródia de MrBeast com um youtuber chamado Mr Best comentando sobre o torneio. Até mesmo as telas de carregamento trazem comerciais que satirizam situações e marcas do mundo real.

A jogabilidade é simples, especialmente se tratando de um hack and slash, com ataques fracos e fortes, possibilidade de arremessar partes do cenário e uso do escudo para bloquear golpes. As armas disponíveis no teste eram poucas, incluindo uma espada e uma besta. O protagonista se movimenta de forma cômica, com direito a batidinhas de pé ao fazer pulo duplo. Seu visual é personalizável, mas a maioria das opções estava bloqueada e dependia da moeda obtida ao completar missões.

A área central do jogo, que lembra um set de filmagem, é repleta de personagens com visuais únicos. Alguns NPCs têm falas curtas, mas outros oferecem dicas e recompensas. Rosaline Rage, por exemplo, funciona como nossa mentora e exibe nosso progresso de nível pessoal. Há também um bartender que fornece itens e emotes ao completar desafios, além da professora Beak, que tem um visual inspirado nas máscaras usadas durante a peste bubônica. Com ela, compramos os “glory moves”, os golpes especiais do jogo. Um sistema interessante é o de evolução de amizade com os personagens da hub. Ao aumentar o vínculo com eles, ganhamos itens exclusivos e mais opções ao longo do tempo.

Beak é uma das vendedoras de itens presentes no jogo
Beak é uma das vendedoras de itens presentes no jogo
Foto: Reprodução / Matheus Santana

Apesar do foco ser o modo online, existe um modo solo com seleção de fases. A primeira serve como tutorial e a seguinte simula um programa de TV, em que precisamos sobreviver a desafios. No teste que fiz, participei de uma dungeon cheia de armadilhas como espinhos no chão e nas paredes. Um narrador aparecia em momentos-chave para se exibir, dizendo que já havia superado aquilo, o que dava um ar cômico ao desafio. Inicialmente, a fase foi tranquila, mas aos poucos começaram a surgir inimigos, que não ofereceram muito desafio. O problema foi o narrador continuar falando durante as lutas, o que atrapalha a concentração e faz os diálogos passarem despercebidos.

Durante essas participações nos programas, há um sistema de pontuação chamado “contador de glórias”, que calcula nossa performance com base em ouro coletado, baús abertos e inimigos derrotados. Cada fase possui três troféus, de bronze a ouro, o que incentiva repetir o desafio para obter a melhor colocação.

Mesmo no modo solo, tive problemas de desconexão. Caso o servidor caia, todo o progresso da missão é perdido, sem chance de retomá-lo. Isso é algo que precisa ser corrigido até o lançamento, já que quem escolhe jogar sozinho espera justamente uma experiência mais estável e com checkpoints.

No modo online em si, a jogabilidade é praticamente a mesma do solo. É possível jogar com até quatro pessoas competindo entre si. O ponto alto está na criação de dungeons pela comunidade, que permite experimentar mapas personalizados e ver até onde vai à criatividade dos jogadores.

Considerações

King of Meat é um projeto que claramente não quer se levar a sério e isso funciona na maior parte do tempo. A mistura de combate simples, ambientação caricata e sátira cultural cria uma identidade própria, mesmo que nem todas as piadas acertem o alvo. A estrutura de fases curtas e objetivos por pontuação dá ritmo ao jogo, e a possibilidade de criar dungeons aumenta o potencial de longevidade.

Ainda assim, a instabilidade do modo solo e problemas com desconexão comprometem a experiência, principalmente quando o jogador opta por jogar sozinho. A insistência em manter o narrador ativo durante o combate atrapalha mais do que diverte, e o conteúdo bloqueado no sistema de progressão pode afastar quem busca acesso imediato às opções. Com alguns ajustes, King of Meat pode deixar de ser só uma piada de bom gosto e se tornar algo mais consistente dentro do cenário multiplayer alternativo.

King of Meat ainda não tem data de lançamento e chegará ao PC, Switch, PlayStation 5 e Xbox Series X|S.

Fonte: Game On
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