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GTA III – A revolução que redefiniu o mundo aberto no PlayStation 2

Lançado em 2001, jogo catapultou a franquia para o topo dos mais famosos do mundo

23 out 2025 - 15h01
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GTA III – A revolução que redefiniu o mundo aberto no PlayStation 2
GTA III – A revolução que redefiniu o mundo aberto no PlayStation 2
Foto: Reprodução/Rockstar

Quando Grand Theft Auto III chegou ao PlayStation 2 em outubro de 2001, a indústria dos games jamais seria a mesma. O que antes era uma série de ação em 2D com visão aérea — conhecida apenas entre os fãs mais curiosos do PC — se transformou em um fenômeno global.

A Rockstar North (antiga DMA Design) deu um salto ousado para o 3D e, com isso, criou as bases do gênero de mundo aberto moderno. Relembre a seguir um pouco dessa clássico que comemora 24 anos de lançamento.

A cidade como protagonista

Até aquele momento, poucos jogos haviam oferecido tamanha liberdade ao jogador. Em vez de seguir caminhos pré-definidos, GTA III colocava o controle nas mãos do jogador, permitindo que ele vivesse a rotina — caótica, violenta e imprevisível — de um criminoso em ascensão.

Ambientado na fictícia Liberty City, inspirada em Nova York, o jogo narrava a trajetória de Claude, um assaltante traído pela parceira Catalina após um golpe mal-sucedido. Libertado por acaso durante um transporte de prisioneiros, ele inicia uma jornada de vingança, passando por uma teia de mafiosos, políticos corruptos e gângsteres de toda espécie.

Mas o verdadeiro protagonista não era Claude — era a cidade em si. Liberty City pulsava como um organismo vivo: carros circulando, pedestres reagindo, rádios tocando músicas de diversos estilos e missões surgindo em cada esquina.

Pela primeira vez, o jogador podia escolher como viver dentro daquele universo — cumprir missões principais, explorar becos sombrios, provocar o caos nas ruas ou simplesmente dirigir ouvindo uma das icônicas estações de rádio do jogo.

Inovação e controvérsias

A cidade de Liberty City marcou toda uma geração de jogadores
A cidade de Liberty City marcou toda uma geração de jogadores
Foto: Reprodução

O salto técnico e conceitual foi monumental na indústria de jogos. GTA III combinava tiroteios, perseguições e exploração livre em um único ecossistema tridimensional coeso — algo inédito para a época. Mesmo com suas limitações (Claude, por exemplo, ainda não sabia nadar), o título oferecia uma imersão e uma sensação de agência que transformaram o modo como os jogos eram pensados.

É claro que o impacto veio acompanhado de controvérsias. Desde o seu lançamento, GTA III esteve no centro de discussões acaloradas sobre os limites da violência e da liberdade de expressão nos videogames. Governos e organizações conservadoras em países como Austrália, Alemanha e Reino Unido chegaram a censurar ou restringir sua venda, alegando que o jogo “incentivava o crime” e “corrompia os jovens”.

GTA III esteve no centro de discussões acaloradas sobre os limites da violência e da liberdade de expressão nos videogames
GTA III esteve no centro de discussões acaloradas sobre os limites da violência e da liberdade de expressão nos videogames
Foto: Reprodução

A mídia tradicional, por sua vez, o transformou em um símbolo das supostas “influências negativas” dos jogos eletrônicos, colocando-o no mesmo patamar de polêmicas antes reservadas ao cinema e à música.

Mas, para os jogadores e para a crítica especializada, GTA III representava algo muito maior: um passo ousado rumo à maturidade da mídia, mostrando que os games podiam abordar temas adultos, complexos e socialmente provocativos.

Nada disso impediu que o jogo se tornasse um marco cultural e um divisor de águas. Ao contrário, a controvérsia apenas ampliou sua notoriedade e o consolidou como um símbolo da rebeldia criativa dos anos 2000.

Um marco eterno nos videogames

Lançado em 2001, até hoje GTA III serve de influência para games modernos
Lançado em 2001, até hoje GTA III serve de influência para games modernos
Foto: Reprodução

Com uma narrativa repleta de reviravoltas, personagens marcantes e uma atmosfera que misturava crime, ironia e crítica social, Grand Theft Auto III elevou o patamar do que se esperava de um jogo de ação. Seus visuais eram impressionantes para 2001, apresentando um nível de detalhe inédito nas ruas de Liberty City.

Cada bairro tinha sua própria identidade, com sons, sotaques e estilos de vida distintos, criando uma sensação de cidade viva e imprevisível. A trilha sonora, distribuída entre diversas estações de rádio, ia do hip-hop ao jazz, do rock ao techno, e foi um dos elementos que mais contribuíram para a imersão.

Pela primeira vez, um jogo simulava de forma convincente o caos e o charme de uma metrópole moderna, colocando o jogador no papel de protagonista de um filme criminal interativo. GTA III não apenas revolucionou o gênero de mundo aberto — ele o definiu, estabelecendo padrões que ainda hoje orientam a forma como os desenvolvedores constroem mundos digitais.

Mais de duas décadas depois, sua influência ainda se faz sentir em praticamente todo jogo que promete “liberdade total”. A noção de um ambiente vivo, repleto de escolhas morais, possibilidades paralelas e múltiplas formas de jogar, nasceu ali — e continua sendo aprimorada por títulos como Red Dead Redemption 2, Cyberpunk 2077 e o futuro GTA VI.

Fonte: Game On
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