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DX Gameworks quer levar jogos brasileiros para o mundo

Nova publisher busca romper modelo tradicional de produção e publicação de jogos

15 jul 2022 - 11h06
(atualizado em 18/7/2022 às 13h32)
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Tiago Leifert confere os jogos da DX Gameworks no BIG Festival
Tiago Leifert confere os jogos da DX Gameworks no BIG Festival
Foto: DX Gameworks / Divulgação

Fundada por André Freitas, Daniel Monastero, Lucas Farinha e Rodrigo Souza, a publisher brasileira DX Gameworks esteve no BIG Festival com cinco jogos e o desejo de levar mais games feitos no país para todo o mundo.

Formada por desenvolvedores veteranos, a DX Gameworks conta com investimento do fundo Bertha Capital e apoio da Xbox Brasil e seu objetivo é auxiliar o desenvolvimento e publicação de games com metodologias e processos inovadores.

"Percebemos que diversos títulos não atingiam seu potencial em vendas devido a uma série de dificuldades, como acesso ao mercado, inexperiência para levar novos conteúdos aos consoles, falta de recursos financeiros, materiais ou até de pessoal", contam Monastero e Farina. Os fundadores já sentiram isso na pele, com o longo processo de produção e lançamento de jogos como Shinny, desenvolvido pelo estúdio Garage 227, uma das doze produtoras hoje incorporada à nova publisher.

O Game On conversou com alguns membros da DX Gameworks para entender melhor o que a publisher oferece aos produtores independentes.

"O contato com empresas como Nintendo, Xbox, PlayStation é um desafio para estúdios pequenos", diz o diretor criativo Vitor Furtado, explicando que é uma ponte que a DX pode fazer com mais facilidade. "Muitos jogadores não sabem que um game que eles gostam é brasileiro", aponta Orlando Fonseca, diretor de desenvolvimento. "Jogos como Knights of Pen & Paper, Horizon Chase, os jogos da Wildlife. As pessoas não associam eles ao país. Temos esse gap e agora acontece uma maturaçao do mercado em que se entende que não é só desenvolver que as pessoas vão comprar o jogo sozinhas".

Para a DX, é preciso ter uma posição estratégica de parceria com as grandes fabricantes de consoles, com as publishers de PC e estar em mercados como a China para fazer lançamentos globais. "E ao mesmo tempo, encontrar essa identidade brasileira", ressalta Fonseca.

Jogos made in Brazil

Amazon Quest é um jogo baseado na viagem do Marechal Rondon pela Amazônia
Amazon Quest é um jogo baseado na viagem do Marechal Rondon pela Amazônia
Foto: DX GameWorks / Divulgação

A questão da identidade nacional é um ponto importante: não se trata de pintar o jogo de verde e amarelo, mas de destacar elementos da produção brasileira nos games, como acontece em outros setores como publicidade e conteúdo áudiovisual. É fácil reconhecer um game como "japonês" ou "americano", por exemplo. O Brasil, para os diretores, tem na pluralidade a sua marca registrada.

"Não precisamos de uma âncora, como um The Witcher foi para a Polônia", aponta Fonseca. "A pluralidade do Brasil é mais complexa. Mas se tivermos as empresas corretas para levar os jogos para outros lugares e alcançar coisas maiores, essa identidade se torna mais fácil".

Em Umbilical, o jogador explora o mundo ligado a um drone por um cordão
Em Umbilical, o jogador explora o mundo ligado a um drone por um cordão
Foto: DX GameWorks / Divulgação

"As realidades nacionais no Brasil são totalmente diferentes", diz Furtado, contando que a publisher tem gente dos quatro cantos do país e que isso se reflete na criação dos jogos. "Não vamos ter nosso Witcher? Beleza. Mas vamos conseguir levar para fora esse gostinho de Brasil, com jogos como Amazon Quest, que conta a história do Marechal Rondon".

Além de Amazon Quest: A Trip Up the River, a DX Gameworks levou quatro outros jogos para o BIG Festival: o jogo de ação Akane, com batalhas freneticas em uma paisagem cyberpunk; ToySports, game multiplayer online voltado para o público infantil; Umbilical, um jogo futurista ao estilo Metroidvania para PC e console; e Eternal Hope, game de aventura em que um garoto solitário viaja entre dimensões para resgatar a alma de sua amada.

Mercado aquecido

O frenético Akane é um dos lançamentos da DX GameWorks
O frenético Akane é um dos lançamentos da DX GameWorks
Foto: DX GameWorks / Divulgação

Fundada em novembro de 2020, em plena pandemia de Covid-19, a DX Gameworks possui escritórios em Manaus, São Paulo, Brasília, Portugal e Estados Unidos, e conta com um time de funcionários altamente capacitados para criar, desenvolver e publicar jogos.

De 2020 para cá, a empresa vem crescendo de forma exponencial.  Em menos de 1 ano, saltou de 16 para 130 funcionários, um crescimento de 700%. A DX Gameworks está com dezenas de vagas de trabalho em aberto, gerando empregos e reforçando a sua expansão dentro da indústria.

Parte do crescimento se deu por meio da incorporação de 12 estúdios, juntamente com suas equipes e infraestruturas, em destaque Garage 227 Studios, dos fundadores Daniel Monastero e Lucas Farina; IMGNATION Studios, do diretor Orlando Fonseca; Bad Minions do também diretor, Leonardo Batelli; Flying Saci do diretor Sylker Teles.

A meta para 2022 é lançar ao menos 10 jogos, sendo 3 deles criações originais da DX Gameworks.

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Fonte: Game On
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