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Como escolher a fonte certa para o PC?

Para não causar explosões indesejadas em casa ou no escritório, é muito importante escolher com sabedoria a fonte certa para o PC. Vem ver!

9 jun 2022 - 10h00
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Foto: GameON

Quando falamos sobre peças novas para o computador, logo vem em mente alguns componentes, como processador, memória RAM, placa de vídeo e SSD. No entanto, outro item tão importante quanto todos esses é a fonte de alimentação. É ele o responsável por distribuir a energia para todos os componentes presentes dentro do gabinete. Mas como escolher a fonte certa para o PC? E quais são as principais diferenças entre elas? Nesta matéria, respondemos essas e outras perguntas, além de trazer algumas dicas de como escolher uma fonte de qualidade para o PC.

Para que serve a fonte do PC?

A fonte de alimentação é a responsável por distribuir a energia para os componentes do PC (Reprodução/Internet)
A fonte de alimentação é a responsável por distribuir a energia para os componentes do PC (Reprodução/Internet)
Foto: GameON

Qualquer tipo de componente eletrônico necessita de energia para funcionar, certo? O nome já deixa isso bem evidente, inclusive. O mesmo vale para aquelas peças bonitinhas -- sejam elas RGB ou não -- presentes dentro do gabinete do seu computador. Se aquela ventoinha está girando, se o processador e memória RAM estão em operação, tudo isso é graças à fonte presente no teu setup. Com isso, fica evidente que a fonte de alimentação é um componente imprescindível para o funcionamento do computador.

A principal função da fonte de alimentação é transformar a corrente elétrica, que chega através da rede elétrica pela tomada em uma alta voltagem, em uma voltagem menor, indicada para o pleno funcionamento do seu computador. No Brasil, nós temos dois tipos de voltagens: 110V e 220V. Boa parte das peças dentro de um computador trabalham em uma voltagem de 12V. Sendo assim, a fonte precisa transformar essa energia de modo que ela se torne compatível com os componentes internos.

É a fonte também a responsável por manter a voltagem estável em caso de variações na rede elétrica. Imagine que, de repente, a corrente emitida pela rede elétrica tenha um pico acima do normal. Caso a fonte não possua tecnologia para "segurar" essa anomalia, essa energia extra chegará como uma bomba aos outros componentes, queimando todos eles. Mas não precisa se preocupar, já que as fontes atuais possuem prevenção contra fenômenos desse tipo, além também de suportarem apagões, protegendo os componentes do PC, como placas de vídeo, processadores, memória RAM e placa-mãe.

Como saber se a fonte é eficiente?

Fontes possuem eficiências diferentes e é importante estar atento a essa configuração na hora de escolher a sua (Reprodução/Internet)
Fontes possuem eficiências diferentes e é importante estar atento a essa configuração na hora de escolher a sua (Reprodução/Internet)
Foto: GameON

Você já deve ter percebido que as fontes possuem certificações diferentes, que variam conforme a sua categoria e, consequentemente, preço. O modelo "80 Plus", por exemplo, significa que a fonte consegue entregar pelo menos 80% da energia gerada, perdendo os outros 20%. Essa perda é resultado do calor provocado pelo seu funcionamento.

Uma fonte de 500W com a classificação acima, por exemplo, na prática entregaria somente 400W, perdendo os outros 100W para o calor. Para corrigir isso, ela teria que "pegar emprestado" mais 100W da rede elétrica para compensar a sua perda. Isso significa que uma fonte menos eficiente irá consumir mais energia para entregar a quantidade de watts que precisa para o PC. Além de deixar a conta de energia mais cara, isso acarreta outros problemas, como temperaturas mais altas e ainda mais barulho das ventoinhas por conta da alta temperatura, diminuindo, dessa maneira, a sua vida útil.

Atualmente, a maioria das fontes possuem o selo de "80 Plus", classificação mínima recomendada para quem procura uma fonte de qualidade. Para definir esse padrão, uma série de testes é realizada por diferentes empresas, a fim de atestar a qualidade do componente. No entanto, entre os modelos 80 Plus, ainda existem diferentes opções, que são classificadas por metais. No caso, a qualidade do metal vai determinar a eficiência daquele modelo. O modelo 80 Plus Platina, por exemplo, será mais eficiente que o 80 Plus Bronze. No entanto, um modelo 80 Plus de uma boa fabricante já é o suficiente para se ter segurança e bom desempenho durante o uso.

Qual é a quantidade de Watts certa para o PC?

A quantidade de watts da fonte irá indicar se ela suporta a configuração do seu PC ou não (Reprodução/Internet)
A quantidade de watts da fonte irá indicar se ela suporta a configuração do seu PC ou não (Reprodução/Internet)
Foto: GameON

Além das certificações de eficiência, outra característica crucial na hora de escolher a sua fonte está relacionada à capacidade de alimentação que ela possui. É provável que você já tenha visto uma numeração com a letra “W” de watts em algum modelo que andou pesquisando. Mas na prática, o que isso muda? Tudo! Isso porque cada computador irá demandar uma potência energética diferente. Um que não tenha placa de vídeo, por exemplo, irá demandar menos do que outro que tenha a GPU instalada nele. São as placas de vídeo, inclusive, que mais demandam energia da fonte de alimentação.

Mas não são apenas elas que puxam a energia entregue pela fonte. A placa-mãe, processador, memórias RAM, discos rígidos e qualquer outro componente presente ali exige energia e é preciso ter isso em mente na hora de comprar uma fonte nova. Mas como saber quantos watts a sua máquina irá demandar? Para te ajudar nessa missão que não é nada fácil, há alguns sites que calculam esse valor com base na configuração do hardware da máquina. Além de serem úteis para mostrarem quais fontes são recomendadas, alguns sites ainda permitem que você possa simular diferentes configurações antes mesmo de comprar as peças para o PC.

Dois sites que podemos destacar são o OuterVision e o Newegg. Ambos funcionam verdadeiramente como uma calculadora de watts para que você possa decidir qual fonte irá atender melhor. Uma última dica é: escolha sempre uma fonte com watts a mais do que o de fato o site possa te mostrar. Apesar de fornecer uma boa base, é mais seguro deixar uma sobra caso você pretenda instalar um watercooler mais potente ou até mesmo LEDs RGB em seu gabinete, itens extras que, certamente, irão consumir mais energia.

Tecnologias para situações atípicas

Fontes seguras possuem tecnologias para prevenir problemas provenientes da rede elétrica (Reprodução/Internet)
Fontes seguras possuem tecnologias para prevenir problemas provenientes da rede elétrica (Reprodução/Internet)
Foto: GameON

Como dito no início do texto, a rede elétrica no Brasil possui inúmeras anomalias que podem até mesmo danificar os equipamentos eletrônicos, principalmente componentes sensíveis como a placa mãe, HD e outros presentes num computador. Antigamente, era muito comum o uso de estabilizadores para proteger tais equipamentos. Hoje em dia, no entanto, ele não se faz mais necessário, já que a própria fonte conta com recursos para lidar com situações atípicas.

Uma delas é a Power Factor Correction, ou como também é conhecida, PFC. Numa fonte de alimentação, o PFC serve para melhorar a eficiência e diminuir as perdas de energia, contribuindo para a diminuição do calor e consequente necessidade de refrigeração. As fontes podem ser classificadas em três tipos: sem PFC, com PFC passivo e com PFC ativo. Sendo as fontes:

  • Sem PFC ativo: com eficiência entre 50% e 60% e um percentual de perda de energia entre 40% e 50%.
  • Com PFC passivo: possuem eficiência entre 70% e 80%, com percentual de perda de energia entre 20% e 30%.
  • PFC ativo: com eficiência de 95% a 99% e percentual de perda de energia de 1% a 5%.

Logo, é possível perceber que uma fonte com eficiência menor terá maior desperdício de energia em forma de calor. Ao adquirir uma fonte com PFC ativo você diminui as perdas e melhora a eficiência dela.

Além disso, outras tecnologias estão presentes em fontes mais modernas do mercado, como a Proteção Contra Sobrecarga de Corrente (OCP), Proteção Contra Sobrecarga de Potência (OVP) e Proteção Contra Superaquecimento (OTP). É importante verificar se todas elas estão presentes no modelo que você deseja comprar, a fim de garantir a melhor proteção para a sua máquina.

Fonte modular, semi-modular ou não modular: qual escolher?

Fontes modulares possuem menos cabo e contribuem para uma melhor organização e fluxo de ar (Reprodução/Internet)
Fontes modulares possuem menos cabo e contribuem para uma melhor organização e fluxo de ar (Reprodução/Internet)
Foto: GameON

Hoje em dia, é possível encontrar três tipos de fontes no mercado: as modulares, as semi-modulares e as não modulares. No caso desta última, todos os cabos são soldados no circuito interno da peça. Elas são as mais comuns e certamente você já as viu em algum momento. Por ter todos os fios presos à placa principal, não é possível remover nenhum cabo para economizar espaço dentro do gabinete, tendo que gerenciar todo aquele emaranhado de alguma forma. Isso acaba por dificultar a montagem do PC de alguma forma, além de comprometer o fluxo de ar que circula ali dentro.

Os semi-modulares, por sua vez, possuem alguns, mas nem todos os cabos. As fontes de alimentação semi-modulares têm seus cabos principais, como o da CPU de 24 pinos, 8 pinos e um cabo PCIe, todos conectados a uma placa de circuito. Ao lado dos cabos dedicados, seus cabos SATA e, às vezes, um cabo PCIe extra são suas opções modulares. Por ter cabos destacáveis, eles já melhoram o processo de montagem e de fluxo de ar, já que é possível retirar de dentro do gabinete aqueles que não serão usados.

Já as fontes de alimentação modulares não contam com nenhum cabo preso à ela. Dessa forma, o usuário terá dentro do gabinete somente o que for usar. Isso facilita o gerenciamento no gabinete sem prejudicar os upgrades futuros, pois, se você adicionar alguma peça, basta conectar na fonte o respectivo cabo dela. É válido ressaltar que modelos com esta característica são mais caros que os semi-modulares e não-modulares. No entanto, a depender do seu uso, pode ser um investimento incrível para o seu computador.

Evite fontes genéricas

Uso de fontes genéricas e de marcas desconhecidas devem ser evitadas (Reprodução/Internet)
Uso de fontes genéricas e de marcas desconhecidas devem ser evitadas (Reprodução/Internet)
Foto: GameON

É muito comum vermos computadores mais simples, vendidos por lojas populares, ou até mesmo alguns gabinetes embarcando algumas fontes de qualidade duvidosa. Isso acontece porque eles tentam, literalmente, a todo custo, baratear o valor desses produtos para o consumidor final. Essa economia, no entanto, pode custar muito mais caro lá na frente, já que uma fonte de má qualidade pode comprometer várias outras peças como já falamos anteriormente. 

Por isso, evite o uso de fontes genéricas e de marcas sem boa ou nenhuma reputação no mercado. Opte por fabricantes já reconhecidas por excelência, como a Corsair, EVGA, Gigabyte e Cooler Master. Caso queira apostar em uma com um melhor custo-benefício, a Redragon é uma boa opção, já que possui bons modelos com preço mais acessível que algumas dessas marcas citadas anteriormente.

E essas foram algumas dicas para você que está pensando em trocar a fonte do seu PC, mas ainda tinha algumas dúvidas a respeito do assunto. Esperamos que todas elas tenham sido esclarecidas e desejamos uma excelente diversão com o teu setup novo!

Fonte: Game On
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