CEO da EA deixa cargo e culpa falha em planos de metas
Após seis anos no cargo, John Riccitiello deixou, na última segunda-feira (18), o cargo de CEO da distribuidora de games Electronic Arts. Segundo informações da agência Reuters, o executivo se disse responsável pela perda de “metas operacionais”.
Riccitiello irá deixar o posto e o conselho administrativo no dia 30 de março, depois de ver o valor de mercado da empresa cair quase dois terços desde sua chegada em abril de 2007.
“Nós falhamos no plano operacional que estabelecemos há um ano”, disse o executivo em sua carta de demissão. “Acionistas e empregados da EA esperavam mais e sou eu o responsável por isso.”
Em janeiro, a EA reduziu sua previsão de ganhos no último trimestre de 2012 após as decepcionantes vendas de Medal of Honor.
“A EA é uma companhia fantástica, com funcionários talentosos e criativos", continuou em sua carta. "Tenho orgulho do que alcançamos juntos. Após seis anos, sinto que é a hora certa de passar o bastão e deixar que outra liderança leve a companhia para uma nova fase de inovação e crescimento".
Sob o comando de Riccitiello, a empresa cresceu sua participação no mercado de jogos para portáteis móveis e sociais – apontado como a nova tendência da indústria. Porém, a EA pecou com grande lançamentos recentes, como SimCity, lançado no início do mês. O simulador de cidades sofreu diversos problemas em seus servidores, impossibilitando os usários de jogar, já que o game só roda conectado à internet.
Para seu lugar, o conselho de diretores da EA escolheram Larry Probst como gerente-executivo até a nomeação de um novo CEO. Ele comandou a empresa antes de Riccitiello, de 1991 e 2007.
Após a saída do executivo, as ações da publicadora subiram 3,4% nas primeiras horas, chegando a US$ 19,35. Porém, ao fim dos trabalhos na Nasdaq, as cotas encerram em US$ 18,71.