Campeão no Catar, Vissoto passa 'saia justa' por beijo
Um dos principais jogadores da nova geração da seleção brasileira de vôlei, Leandro Vissotto revelou nesta segunda-feira que passou por uma situação inusitada durante o Campeonato Mundial de Clubes em Doha, no Catar. Após a vitória de seu time, Trentino, sobre o Zenit Kazan (na última quarta-feira), o jogador beijou sua esposa e causou furor nos árabes.
"(Após o jogo) Fui até a arquibancada dar um beijo na minha esposa (Natália) e fui reprimido por um homem da organização. Esta pessoa também foi até o presidente do Trentino, com dois policiais, para tirar satisfação comigo, mas eu já tinha ido para o hotel", contou o camisa 8 do Trentino. "O episódio ficou exposto para todo o mundo árabe. Pedi desculpas ao povo local, pois sou de um país muito diferente e não conhecia as regras de lá", completou o jogador.
Em uma entrevista para a Al Jazeera (televisão local), o camisa 6 da seleção foi perdoado por uma jornalista, que entendeu a falta de informação do brasileiro. "Ela disse que uma pessoa (referindo ao árabe da organização) não simboliza uma nação e que o Catar está aberto para todas as religiões e os povos", comentou. "O fato é que achei muito estranho todo esse acontecimento por conta de um beijo, mas sempre respeito outras culturas. Isso é fundamental para todos", avaliou.
Enquanto isto, em quadra, Vissotto teve 65% de eficiência no ataque durante a final e foi o maior pontuador do Trentino na partida que culminou no título dos italianos. "Uma das coisas mais legais deste mundial foram as defesas decisivas que consegui realizar. Fui muito elogiado por isso e ressaltado por elas. Um jogador com minha altura (2,12m) que defende tanto chama a atenção", analisou.