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Varane exorciza seu fantasma ao colocar a França nas semifinais da Copa do Mundo

7 jul 2018 - 13h10
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Depois de levar a culpa pela eliminação da França nas quartas de final da Copa do Mundo, quatro anos atrás, Raphaël Varane exorcizou os fantasmas de 2014 ao marcar o primeiro gol da vitória francesa, por 2 x 0, sobre o Uruguai, que valeu vaga nas semifinais no Mundial da Rússia.

Raphaël Varane, da seleção francesa, dá entrevista coletiva em Istra, na Rússia
07/07/2018 REUTERS/Sergei Karpukhin
Raphaël Varane, da seleção francesa, dá entrevista coletiva em Istra, na Rússia 07/07/2018 REUTERS/Sergei Karpukhin
Foto: Reuters

O zagueiro, que tinha apenas 21 anos naquela época, foi culpado pela derrota da França para a Alemanha, no Rio de Janeiro, por ter perdido um duelo pelo alto com Mats Hummels, que marcou o gol decisivo da derrota da equipe francesa por 1 x 0.

Mas, em Nizhny Novgorod, quatro anos depois, Varane cabeceou no tempo certo para desviar uma cobrança de falta de Antoine Griezmann no canto do gol do Uruguai e encaminhar a vitória da França.

"Eu disse a Antoine que ele colocasse a bola na minha cabeça e ele cobrou perfeitamente", disse Varane, às televisões francesas, depois da partida de sexta-feira.

Foi um ataque muito mais confiante na bola em contraste com a maneira como ele tentou defender contra Hummels, no Brasil, e acabou sendo vencido pela experiência superior do alemão.

Didier Deschamps disse que não atribuiu culpa quatro anos atrás, mas está feliz por poder tecer elogios na Rússia.

"A culpa não foi dele quatro anos atrás contra a Alemanha", disse o treinador, depois de chegar às semifinais, nas quais enfrentará a Bélgica, em São Petersburgo, na terça-feira.

"Estou feliz por ele e lhe disse isso ao fim do jogo. No futebol, você tem que encarar os momentos difíceis. E, quatro anos depois, meus jogadores cresceram. Eles têm mais experiência e maturidade."

Varane, aproximando-se de 50 partidas pela seleção francesa, ainda com 25 anos, atua no Real Madrid e tenta a façanha de conquistar a Liga dos Campeões e a Copa do Mundo em questão de meses.

Ele já venceu três finais de Liga dos Campeões com o Real Madrid, e poderia ter disputado mais uma, mas estava machucado em 2016. Também perdeu a Eurocopa por causa daquela lesão.

Deschamps tornou-o capitão ao descansar vários jogadores para a última partida do Grupo C, um empate sem gols contra a Dinamarca, em Moscou.

"Seu estilo de jogo serve como motivação para os companheiros",  disse o braço-direito de Deschamps, Guy Stephan, no começo da semana. "Raphaël tem muita confiança por ter jogado tantas partidas de alto nível com o Real Madrid."

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