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Tênis

Jovens russos ameaçam grandes estrelas do tênis no US Open

Medvedev, Rublev e Khachanov tentarão se intrometer na disputa entre Federer, Nadal e Djokovic

26 ago 2019 - 04h41
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A disputa particular entre o suíço Roger Federer, o espanhol Rafael Nadal e o sérvio Novak Djokovic pelos principais recordes do tênis terá novo capítulo a partir desta segunda-feira, dia da abertura do US Open, em Nova York. Mas, na disputa pela liderança de títulos de Grand Slam, o chamado Big 3 terá novos desafiantes: os russos Daniil Medvedev, Andrey Rublev e Karen Khachanov.

O trio de jovens tenistas vem se destacando nos últimos dois anos, com grandes resultados na atual temporada. A estrela do grupo é Medvedev. O atleta de 23 anos chega ao quarto e último Grand Slam da temporada com seu melhor ranking da carreira. Ele alcançou o 5.º lugar ao derrubar Djokovic na semifinal em Cincinnati. O triunfo abriu caminho para seu 1.º título de nível Masters 1000, maior conquista de sua carreira até agora.

"Estou no meu melhor nível e posso ganhar de qualquer um", afirma Medvedev, que pode reencontrar o número 1 do mundo nas quartas no US Open. Ele já soma dois troféus no ano e é o tenista que mais venceu partidas em 2019: 44. Embalado na quadra dura, vem de três finais consecutivas, com o vice no Masters de Montreal e no Torneio de Washington.

Em Cincinnati, o russo superou o compatriota Rublev, que também brilhou na quadra dura. Foi lá que obteve a maior vitória de sua carreira, ao superar Federer nas oitavas. Aos 21 anos, é o menos experiente do grupo. Já foi 31.º do mundo, agora é o 47.º. Em Nova York, está no único quadrante da chave sem um integrante do Big 3, uma vantagem importante na busca pelas fases mais avançadas do torneio.

Khachanov, de 23 anos, é o russo que vem mostrando maior consistência nas últimas duas temporadas. Foi no final do ano passado que obteve seu melhor resultado. Bateu Djokovic na final em Paris e conquistou seu 1.º título de Masters. É o atual 9.º do mundo, mas já foi 8.º. Soma quatro títulos no currículo, contra cinco de Medvedev. Rublev tem apenas um. No US Open, Khachanov poderá encarar Nadal nas quartas de final.

Será contra estes e outros rivais que Federer, Nadal e Djokovic vão brigar numa disputa cada vez mais acirrada pelo recorde de Grand Slams. O suíço lidera a lista, com 20 troféus, seguido pelo espanhol (18) e pelo sérvio (16), atual campeão em Nova York e vencedor do Aberto da Austrália e de Wimbledon neste ano. Nadal levou Roland Garros. Federer ainda não venceu um Slam em 2019.

Feminino

A canadense Bianca Andreescu e as americanas Madison Keys e Sofia Kenin podem ser as surpresas diante do time das favoritas, liderado pela japonesa Naomi Osaka, atual campeã e número 1 do mundo, pela romena Simona Halep e pela americana Serena Williams.

Nos EUA, Federer e Nadal agitam a política do esporte

Os bastidores do US Open vão contar com tempero extra nesta edição, em razão da movimentação política no Conselho dos Jogadores. O órgão, que tem influência direta na gestão da ATP, passou a ter dois acréscimos de peso: Federer e Nadal.

Ambos voltaram para ajudar a entidade, envolvida em polêmicas nos últimos meses. Questionamentos internos e a saída de três jogadores deixaram o presidente Djokovic isolado. O retorno da dupla até gerou suspeita de divisões mais fortes no Conselho, com o suíço e o espanhol numa possível oposição ao sérvio.

Bruno Soares, contudo, minimiza os atritos. "O clima da primeira reunião, já com eles, foi normal. Quando se juntam dez pessoas numa sala e você tem que votar certos assuntos, as opiniões serão diferentes. Mas não acho que vai criar divisões", disse ao Estado o tenista, que está no órgão há cinco anos.

Estadão
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