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Surfe

'Backwash e vento': surfistas explicam por que é tão desafiador surfar em Saquarema

'Brazilian storm' defende ampla hegemonia de troféus na praia de Itaúna, onde ocorre a etapa do Vivo Rio Pro em 2025

26 jun 2025 - 04h59
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Resumo
Surfistas destacam que as ondas fortes, o backwash e os ventos intensos da Praia de Itaúna tornam desafiador surfar em Saquarema, palco tradicionalmente dominado por atletas brasileiros no circuito mundial de surfe.
Ítalo Ferreira venceu pela primeira vez em Saquarema em 2024
Ítalo Ferreira venceu pela primeira vez em Saquarema em 2024
Foto: Thiago Diz/ WSL

A praia de Itaúna, em Saquarema, recebe o Vivo Rio Pro, etapa brasileira da WSL (Liga Mundial de Surfe), desde 2017. Curiosamente, em todas as edições desde então, na categoria masculina, sempre quem levantou o troféu foi um surfista brasileiro. 

O domínio da 'brazilian storm' tem vitórias de Adriano de Souza (2017), Filipe Toledo (2018, 2019 e 2022), Yago Dora (2023) e Ítalo Ferreira (2024). A etapa atual tem janela prevista até o próximo domingo, 29, com alguns brasileiros já classificados às oitavas de final.

Além do apoio maciço dos torcedores, fato que reconhecidamente deixa surfistas de outras nacionalidades desconfortáveis no "Maracanã do Surfe", como a cidade da Região dos Lagos é conhecida, um outro desafio para os profissionais é as ondas fortes da Praia de Itaúna, tornando o palco um dos mais difíceis de se obter um bom desempenho na temporada. 

A intensidade do vento no local, por exemplo, é um aspecto que deixa o mar muito 'mexido' e dificulta a execução de certas manobras. Para desvendar os mistérios do mar de Saquarema, a reportagem do Terra pediu para que os atletas explicassem quais são as principais dificuldades.

'Paciência é minha palavra favorita', diz Gabriel Medina sobre lições durante período lesionado:

"É desafiador porque o mar muda muito aqui. Balança bastante e tem muito backwash - que é a água que retorna para o mar após uma onda quebrar na praia, criando uma espécie de onda contrária. É difícil de ler a onda, de ficar de pé. Toda volta de manobra tem que ter uma atenção extra porque balança bastante. Vem onda de tudo quanto é lugar. É difícil de ler esse mar", explicou o tricampeão mundial Gabriel Medina, que curiosamente nunca levantou o troféu em casa. 

"O vento estava com uma direção na frente da onda, o que tirava a minha prancha quando eu projetava o corpo para cima. Eu tinha que estar um pouco mais lateral. O vento mexe bastante o mar aqui, temos que estar preparados para tudo", declarou Ítalo Ferreira logo após vencer a bateria com 12.43 pontos, no último sábado, 21, que o colocou diretamente nas oitavas de final do torneio. 

Miguel Pupo explicou dificuldades impostas pelo mar de Saquarema
Miguel Pupo explicou dificuldades impostas pelo mar de Saquarema
Foto: Beatriz Ryder/ WSL

"A onda é muito forte e ao mesmo tempo ela tem um balanço. Então imagine que você tem que surfar olhando para a onda e olhando para a beira, pra ver se o backwash está vindo. Praticamente tem que ser um olho no peixe e o outro no gato para não perder o timing e acabar caindo. É desafiador nesse sentido. Quando o mar cresce, a onda é muito potente aqui e desafia a gente a aprender a segurar o ar debaixo d'água", explicou Miguel Pupo, que também se classificou para as oitavas de final desta etapa. 

Fonte: Redação Terra
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