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Santos paga R$ 20 milhões em impostos antes de penhora da venda de Rodrygo

3 ago 2019 - 06h15
(atualizado às 06h15)
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Escritório penhora R$ 14 milhões da segunda parcela do Real Madrid por Rodrygo (Foto: Reprodução/Facebook)

Essa semana foi complicada financeiramente para o Santos. O clube pagou cerca de R$ 20 milhões em impostos atrasados. E nessa sexta-feira, teve R$ 14,4 milhões da segunda parcela da venda de Rodrygo retidos na Justiça. O Real Madrid (ESP) transferiu 20 milhões de euros (R$ 86 mi) em julho.

Os quase R$ 15 milhões equivalem à cobrança do escritório Bonassa Bucker em honorários na gestão do ex-presidente Modesto Roma. O montante foi acrescido de juros e correção monetária. Aproximadamente R$ 10 milhões são apenas pelo acordo com a Doyen Sports. Para encerrar o litígio com o fundo maltês, o Peixe prometeu pagar 23 milhões de euros (R$ 109,6 mi). Falta uma parcela de 5 milhões de euros (R$ 22 mi) a ser paga até setembro.

O Alvinegro não reconhece a dívida e recorre pela "devolução" do dinheiro. Modesto depôs a favor do escritório neste ano.

"Advogada fazia parte da defesa do Santos, segundo ela intermediária do acordo Santos e Doyen. Não houve sucumbência. Ela já R$ 11 milhões e assinou quitação total. O ex-presidente (Modesto Roma) foi na Justiça e disse de punho que ela tinha direito a mais R$ 13 milhões. Temos que obedecer as decisões judiciais. Ela não venceu, mas garantem o dinheiro para o caso dela vencer. Ela pode não ganhar (os R$ 13 milhões) e ainda ter de devolver os R$ 11 milhões. Folhas trabalhistas têm prioridade, por isso vamos conversar com o juiz. A advogada recebeu R$ 11 milhões em novembro como intermediária, assinou uma quitação. Agora apareceu e quer mais. Juiz vai decidir e vamos respeitar", disse o presidente José Carlos Peres à Gazeta Esportiva, em abril.

"O escritório Bonassa Bucker defendeu o Santos em algumas ações. Uma delas foi a Doyen versus Santos, no caso Leandro Damião. Era uma ação por R$ 80 milhões pela perda do vínculo com o atleta. Provamos que não perdemos o vínculo, ganhamos a ação. A ação zerou uma sucumbência, quando um juiz manda o perdedor da ação pagar ao advogado os honorários, 10% da ação. Essa dívida tinha de ser paga pela Doyen, pois perdeu a ação. E foi pago. Faz parte do acordo o pagamento pelo Santos em nome da Doyen, descontando da Doyen, esse valor (dos honorários). É um ponto isolado, pago e resolvido, terminado. Ponto final. No começo do ano passado, Santos destituiu, sem acordo e conversa, o escritório. É um direito, mudou a administração. Mas os honorários tinham de ser pagos. O escritório cobra esses honorários, normal. Não adianta o presidente contar historinha e confundir valor com outro. São fatos diferentes. A advogada me fez uma consulta formal, respondi formalmente afirmando a dívida do Santos, nos termos dos contratos que existem entre Santos e Bonassa Bucker. Envolve o acordo com a Doyen, que não foi pago. Foi pago em nome da Doyen a sucumbência dessa ação (do Leandro Damião)", afirmou Modesto Roma.

"Depois de um ano e meio de gestão, tem que sair (José Carlos Peres) do palanque e administrar o clube. A cada mês sem poder pagar salário, é uma história. Nós pegamos o clube melhor que ele pegou? Não. A administração anterior deixou algo bem complicado, até a história da floricultura. Chega! Tem que administrar o clube. Você me viu reclamando das gestões passadas? É só ler o balanço. Acho que o presidente sabe ler um balanço. Não parece, pois não diz o que está no balanço, mas acho que sabe. Se não souber, não sei o que está fazendo lá. Vejam meu prejuízo e o prejuízo na gestão dele. Nós pagamos muitas dívidas e nós diminuímos o déficit, ao contrário dele, que aumentou. A primeira coisa que sempre respeitarei é o Santos Futebol Clube. Nome do Santos é mais importante do que qualquer outra coisa", completou o ex-presidente, também em entrevista há três meses.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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