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Remo

Relembre a melhor campanha do Remo - e de um time do Norte - na Série A do Brasileiro

Em 1993, Leão Azul terminou na oitava colocação, ficando a apenas um passo de uma vaga na grande final

19 dez 2025 - 13h36
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Foto: Raul Martins / Remo / Esporte News Mundo

O Clube do Remo está de volta à Série A do Campeonato Brasileiro para a temporada de 2026, após garantir o acesso na Série B de 2025, encerrando um jejum de 31 anos sem disputar a elite do futebol nacional.

Em 1994, o Remo disputou a Série A do Campeonato Brasileiro pela última vez. Na ocasião, avançou para a repescagem, mas acabou rebaixado no formato da época. Ainda assim, a equipe conseguiu registrar alguns jogos marcantes, como a vitória de 5 a 1 sobre o Cruzeiro em pleno Mineirão, com direito a quatro gols do atacante Helinho e outro do atual treinador Cuca.

Um ano antes, porém, o Remo viveu o ponto mais alto do clube na Série A.

A CAMPANHA DO REMO EM 1993

O Campeonato Brasileiro de 1993 entrou para a história do Remo como o palco da maior campanha já realizada por uma equipe da Região Norte na elite do futebol nacional.

Em um torneio marcado por um regulamento controverso, com 32 participantes e profundas desigualdades entre os grupos, o time paraense não apenas resistiu às adversidades como terminou na oitava colocação geral, feito inédito e jamais superado por clubes do Norte na Série A.

A edição de 1993 teve um formato singular. Por decisão da CBF, não houve Série B naquele ano, e os 12 melhores da segunda divisão de 1992 foram incorporados à elite, formando quatro grupos de oito equipes.

O Remo ficou no Grupo C, considerado um dos mais duros da competição, pois, além de oferecer menos vagas à fase seguinte, previa o rebaixamento de metade de seus integrantes.

Mesmo diante desse cenário desfavorável, o Leão Azul fez uma primeira fase sólida. Em 14 jogos, somou 17 pontos, com oito vitórias, um empate e cinco derrotas, além de um ataque eficiente, que marcou 28 gols.

O desempenho garantiu ao clube a segunda colocação do grupo, atrás apenas do Vitória, e a classificação para a fase intermediária, algo que, por si só, já representava um feito relevante, considerando o risco constante de rebaixamento imposto aos grupos C e D.

Na fase intermediária, o Remo escreveu um dos capítulos mais marcantes de sua história nacional. Diante da Portuguesa, líder do Grupo D, o clube paraense transformou o Mangueirão em um caldeirão.

No jogo de ida, em Belém, o Remo venceu por 5 a 2, com atuação contundente e gols de Mauricinho, Ageu Sabiá (duas vezes), Guilherme e Tarcísio, diante de mais de 30 mil torcedores. Apesar da derrota por 2 a 0 no jogo de volta, no Canindé, o placar agregado garantiu a classificação azulina à segunda fase do Brasileirão.

O avanço colocou o Remo entre os oito melhores times do país, feito histórico. Na segunda fase, já em um grupo que reunia gigantes do futebol nacional, como Palmeiras e São Paulo, o Leão Azul encontrou dificuldades e não conseguiu avançar à final.

Ainda assim, o desempenho acumulado ao longo da competição assegurou ao clube a oitava colocação geral, com nove vitórias, três empates e dez derrotas em 22 partidas, além de 37 gols marcados.

A campanha ganha ainda mais peso quando analisado o contexto do campeonato. Enquanto clubes tradicionais dos Grupos A e B, como Atlético Mineiro, Botafogo, Fluminense e Bahia, escaparam do rebaixamento mesmo com campanhas pífias, os times dos Grupos C e D enfrentaram um regulamento severo, que punia duramente qualquer oscilação. O Remo, portanto, não apenas avançou esportivamente, como superou um sistema estruturalmente desigual.

Além disso, o Brasileirão de 1993 marcou a última participação do clássico Re-Pa na Série A, tornando a campanha ainda mais simbólica para o futebol paraense.

Décadas depois, o oitavo lugar do Remo segue como referência e orgulho, consolidando aquela geração como a mais bem-sucedida do clube em campeonatos brasileiros, e eternizando 1993 como o ano em que o Norte chegou mais longe no cenário nacional.

Esporte News Mundo
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