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Palmeiras: estreia vai da euforia a "time sem vergonha"

20 nov 2014 - 00h43
(atualizado às 04h20)
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Eram 35.939 torcedores. 35.939 vozes. 35.939 palmeirenses com saudade de casa. Mas o reencontro da torcida alviverde com o Allianz Parque, nesta noite de quarta-feira, acabou sendo melancólico. Um gol do ex-palmeirense Ananias, aos 32min do segundo tempo, e outro de Patric, aos 44, deram a vitória por 2 a 0 ao Sport no duelo válido pela 35ª rodada, aumentaram o temor com a zona do rebaixamento e silenciaram a arena. No mais, somente os gritos de "time sem vergonha" para resumirem o fim de noite palestrina.

<p>Centroavante Henrique pouco fez na partida</p>
Centroavante Henrique pouco fez na partida
Foto: Alê Cabral / Agência Lance

A torcida fez sua parte mesmo antes de a bola rolar. Na entrada do time em campo, um mosaico deu as boas-vindas. Depois, uma queima de fogos de artifícios e o tradicional grito de "ole porco" tomaram conta do Allianz Parque. A ótima acústica da arena ajudava a aumentar o clima favorável ao time. Era um caldeirão alviverde.

Depois, os torcedores ainda cantaram em plenos pulmões o hino do clube. Com a bola rolando, os gritos de incentivos não paravam um minuto sequer. Quer dizer, até paravam. Quando, no lugar deles, a torcida vociferava raiva diante dos erros de passes do meio-campo palmeirense. Substituto de Valdivia, Felipe Menezes era um dos alvos preferidos.

Era possível notar uma mistura de sentimentos na expressão dos palmeirenses presentes no Allianz Parque. Ao mesmo tempo que estavam felizes com a inauguração da "nova velha casa", a preocupação com o fraco futebol apresentado pelos comandados de Dorival Júnior era nítida. E isso aumentou no começo do segundo tempo. O Sport voltou mais ligado e assustou em diversas oportunidades.

Nervoso em campo, o time alviverde foi transmitindo tal sentimento para as arquibancadas. Os antes gritos de apoio começaram a dar espaço para lamentações e, em muitos momentos, vaias. Aplausos? Apenas quando alguém demonstrava raça e dava carrinho para recuperar uma bola.

E o pior cenário possível para o palmeirense se configurou aos 32min. Ananias, que jogou no clube alviverde em 2013, pegou sobra de bola na área e balançou as redes de Fernando Prass. Silêncio no Allianz Parque. Era o primeiro gol da casa alviverde. E o primeiro gol não foi a favor.

A torcida trocou o apoio por xingamentos e mais vaias. Os alvos? Diversos. Wesley foi um deles. O presidente Paulo Nobre também ouviu "afagos". Entre uma ofensa e outra, mais um gol do Sport. Patric, aos 44min, fechou o caixão alviverde.

Ali, a dor de uma iminente derrota virou revolta e indignação. A cada rosto que a câmera procurava nas arquibancadas, uma desolação. Gritos com raiva - entre eles, "time sem vergonha" - e incitando a violência em caso de uma suposta nova queda dominaram a arena. O que era festa, virou choro. E a certeza cada vez maior de que, hoje, o Palmeiras tem um estádio de primeiro mundo. Mas ainda falta um time.

Fonte: Terra
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