Em 2013, Alexandre Mattos não tinha todo o glamour que possui atualmente. Ele era diretor de futebol do Cruzeiro e, pela primeira vez, ia montar um time base de acordo com a sua filosofia, já que em 2012 ele tinha pegado o trabalho em andamento, a partir de março. Mattos resolveu fazer uma grande reformulação, contratou 14 jogadores e foi bicampeão brasileiro, em 2013 e 2014. Agora, chegou no Palmeiras com moral e repetiu a estratégia de montar um "pacotão de reforços": já contratou exatamente 14 novos atletas para o time, igualando a marca de 2013.

É claro que nem todas contratações do Cruzeiro em 2013 deram certo. Nirley, Uelliton, Ananias e Lucca são exemplos de atletas que nem deixaram saudades. Mas a base do time bicampeão brasileiro começou a ser montada ali, com Bruno Rodrigo, Egídio, Henrique, Nilton, Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Dagoberto.

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Outros reforços importantes ainda chegaram no meio do ano: depois de uma longa novela, Mattos conseguiu colocar Dedé no Cruzeiro. Os atacantes Willian e Júlio Baptista reforçaram o time em julho e ajudaram na temporada. Apenas o lateral direito Leandrinho e o volante Souza, que também chegaram no meio do ano, não foram tão úteis.

Os dois pacotões de Mattos não são parecidos apenas na quantidade de jogadores contratados. Há outra característica comum: a maioria dos atletas foi contratada sem custo, seja por empréstimo ou porque ficaram sem contrato. Entre os 14 contratados inicialmente em 2013, o Cruzeiro só gastou com Dagoberto (R$ 8 milhões), Ricardo Goulart (R$ 5,7 milhões) e Everton Ribeiro (R$ 4 milhões).

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Palmeiras 2015

A lógica no Palmeiras de 2015 é a mesma do Cruzeiro de 2013: contratar muitos reforços gastando o menor valor possível. Até agora, após fechar com 14 jogadores, o time só gastou com três: Dudu (R$ 10 milhões), Leandro Pereira (R$ 5 milhões) e Robinho (R$ 2,5 mihões).

No mais, o time só terá que arcar com os salários. Mas pelo menos a folha salarial palmeirense vai ser reduzida por causa do grande número de atletas que estão de saída: cinco foram negociados, dez ficaram sem contrato (contando com Wesley, que sairá em fevereiro) e oito estão afastados e devem ser negociados em breve.

Mattos diz que não participou do planejamento do Palmeiras em dezembro, pois ainda tinha contrato com o Cruzeiro. Mas desde que o Palmeiras começou a contratar, já foi possível perceber sua influência. É fácil perceber como o pacotão de 2015 tem semelhanças com o pacotão de 2013. Só é impossível saber se o resultado será igual.

Veja os pacotões de Cruzeiro e Palmeiras e compare:

Cruzeiro 2013

Palmeiras 2015