Script = https://s1.trrsf.com/update-1765224309/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE
Logo do Palmeiras

Palmeiras

Favoritar Time

Felipão se reinventa aos 70 e faz história com o Palmeiras

Técnico mais velho a ganhar o Brasileiro, comandante do Palmeiras celebra retorno feliz à equipe

26 nov 2018 - 05h11
(atualizado às 17h36)
Compartilhar
Exibir comentários
Luiz Felipe Scolari, técnico do Palmeiras, durante treino na Academia de Futebol da Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista
Luiz Felipe Scolari, técnico do Palmeiras, durante treino na Academia de Futebol da Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista
Foto: Djalma Vassão / Gazeta Press

Apostar em Luiz Felipe Scolari agradou a todos no Palmeiras, do torcedor saudosista que ainda o via como campeão da Libertadores de 1999, aos dirigentes que não estavam mais satisfeitos com Roger Machado. Desse ponto de vista, Felipão caiu do céu. Mesmo na China, o treinador sempre era lembrado por times brasileiros, mas não queria voltar. Estava prestes a se acertar com a Coreia do Sul para novo ciclo de Copa do Mundo quando foi chamado para socorrer o Palmeiras, um time endinheirado, com bom elenco, mas que não conseguia se impor diante de adversários mais fracos.

A proximidade e o carinho com o Palmeiras mudaram os planos de Felipão, que deu meia-volta e rumou novamente para o Brasil a fim de atender o chamado. Os mais próximos dizem que apenas duas bandeiras seriam capazes de repatriar Scolari, uma delas era o Palmeiras.

Foi tudo no fio do bigode, como nos velhos e bons tempos. Voltar para o futebol brasileiro e relembrar o fracasso da seleção na Copa de quatro anos atrás nunca desanimaram o treinador. Mas a distância também lhe fazia bem. Como era pelo Palmeiras, Felipão matou no peito a responsabilidade e se fez campeão mais uma vez.

Ouça o podcast Terra Futebol:

O treinador, que nesta temporada completou 70 anos e chegou a dizer que ainda "faz tudo como os meninos de 20 anos", mudou a concepção generalizada de que técnico veterano havia perdido a mão. Ele furou a onda dos novatos que assumiram times grandes mesmo ainda sem estarem prontos, casos de Ceni, Barbieri, Jair Ventura, Osmar Loss e alguns outros mais que ficaram pelo caminho.

Na mesma onda, alguns clubes mudaram a mão e trataram de correr atrás de técnicos mais experientes. O Atlético-MG, por exemplo, buscou Levir Culpi. O Santos se rendeu a Cuca. Dorival assumiu o Flamengo.

Felipão teve carta branca no Palmeiras. Mesmo se não tivesse, faria tudo do seu jeito. Ele é assim. A primeira providência foi abraçar os jogadores. Deyverson passou a jogar mais e ser protegido no grupo. "Se o Deyverson tomar uma "maracugina" antes do jogo, vai bem. Duvido que tenha um zagueiro que gosta de jogar contra ele. É muito chato, incomoda a toda hora, não perde bola por cima. Tem de aprender uma ou outra coisa na parte técnica, mas é jogador que dá o que o grupo precisa nos momentos decisivos", disse Felipão logo que percebeu que seu atacante entrava facilmente em confusões no campo.

Com o elenco nas mãos, Felipão tratou de dar algumas espinafradas nos jornalistas e recuperar a velha e boa condição de rabugento. Tudo dentro do seu enredo. Fechar treinos, detonar a arbitragem, bater e assoprar. Felipão não mudou nada da última vez que esteve no clube. "Sou o mesmo de sempre", repetiu algumas vezes.

Quando não está na Academia, leva vida normal nas proximidades do estádio, onde mora e é visto com frequência pelo bairro, até em feira livre ele vai com a mulher, dona Olga."Felipão é amado por todos. Eu devo muito a ele", disse Deyverson.

O Brasileirão de 2018 aumenta a coleção de títulos do treinador. Poderia ter da Copa do Brasil e da Libertadores. Não deu.

Nos quase três anos na China, festejou sete taças. Mas na China... Na China, outros técnicos importantes não ganharam nada. Felipão vem de uma escola pragmática, que prega a conquista acima de tudo. Nada para ele é mais importante do que ser campeão. Questionado sobre o recorde de partidas sem perder neste Brasileirão, Felipão bufou para dizer que "nada adianta se o Palmeiras não ganhar o torneio". Ganhou. "É importante para mim e para o Palmeiras", disse Felipão no Rio.

Há quem discorde disso. Um bom time pode ser lembrado se jogar bem e encantar. Mas a maioria fechou com ele. Tinha de ganhar o Nacional. Para o torcedor, ele foi o maestro deste Palmeiras que o fez voltar.

Veja também

Palmeiras vence o Vasco e fatura o Brasileirão; veja os melhores momentos:
Estadão
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade