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Motociclismo

Retrospectiva 2022: Guevara se destaca com Aspar e leva com méritos título da Moto3

A imprevisibilidade da Moto3 já é costume aos mais aficionados por esporte a motor. Talvez seja por isso que Izán Guevara surpreendeu como protagonista da temporada e, com muitos méritos, sagrou-se campeão da classe menor em 2022

8 dez 2022 - 05h46
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Guevara surpreendeu em 2022
Guevara surpreendeu em 2022
Foto: GasGas / Grande Prêmio

A Moto3 é aquela categoria que dá gosto. Sempre imprevisível, com muitas disputas e surpresas: aquilo que todo o fã de esporte a motor quer assistir. Em 2022, não foi diferente. Com sete vencedores diferentes ao longo do ano, muitos tinham a vantagem da liderança do campeonato corrida após corrida. Mas foi Izán Guevara quem soube ter consistência com a Aspar para aproveitar todas as oportunidades e se sagrar campeão. 

Guevara foi um protagonista inesperado em 2022. Ainda que tenha fechado a temporada passada em um bom oitavo lugar, o #28 tinha conquistado uma única vitória — no GP das Américas —, que era, aliás, o único pódio dele no Mundial de Motovelocidade.

Mas a segunda temporada na classe de entrada do certame promovido pela Dorna trouxe um Izán muito mais forte. Se o italiano Dennis Foggia decepcionou, já que o rótulo que favorito estava estampado nele após a campanha de 2021, a dupla da Aspar foi a surpresa positiva, especialmente na primeira parte da temporada.

Antes das férias, Guevara teve em Sergio García o principal adversário. No quarto ano na categoria, o #11 já ostentava um currículo vigoroso, com quatro vitórias, dez pódios e uma pole até 2021. Com a moto da GasGas, o espanhol se colocou como o homem a ser batido. Mas só na primeira parte do ano.

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Izán Guevara foi campeão da Moto3
Izán Guevara foi campeão da Moto3
Foto: Gaviota GasGas Aspar Team / Grande Prêmio

Quando a Moto3 fechou a primeira parte de 2022, no GP da Holanda, García liderava o campeonato, com 182 pontos, só três a mais do que Guevara. No retorno das férias, os dois abandonaram na Grã-Bretanha, o que manteve a disputa inalterada. Na Áustria, García foi melhor, mas o quinto lugar não impactou tanto nas pretensões de Guevara, que ficou em sétimo.

A partir de um abandono de García no GP de San Marino e da Riviera de Rimini, Guevara foi aumentando a margem. Enquanto a temporada de García ia de mal a pior — 13º em Aragão, quarto no Japão e mais um abandono na Tailândia —, ele aproveitou para somar mais duas vitórias, no MotorLand espanhol e em Motegi, e nem o quinto lugar da Tailândia tirou a força desta reta final da disputa.

O derretimento de García veio acompanhado do crescimento de Ayumu Sasaki e Foggia, que passaram a ser fatores nesta reta final da disputa, mas a superioridade de Guevara jamais pôde ser questionada. O espanhol se mostrou tão diferente ao longo do ano, que até a tática de rodar sozinho nos treinos era incomum.

Assim, Guevara chegou à Austrália com o justo primeiro match-point. Uma variedade de resultados dariam a ele a taça, mas a forma mais simples era conquistando a vitória. Em uma corrida eletrizante em Phillip Island, García fez o que estava à altura para se manter vivo na disputa, mas Izán não teve medo de desafiar os adversários e brigar pela vitória.

Na volta final, o espanhol se impôs, escapou um pouco das garras da concorrência e tratou de vencer para ser o quinto piloto mais jovem a conquistar o título da classe menor do Mundial de Motovelocidade. Agora, ele salta para a Moto2 com a mesma equipe para seguir escalando no campeonato.

Diogo Moreira: surpresa brasileira

É preciso também falar do ano de estreia de Diogo Moreira no primeiro degrau do Mundial de Motovelocidade. Em 2022, a melhor posição final do #10 foi o quinto lugar no GP da Malásia. Moreira também conquistou sua primeira pole-position na Inglaterra e terminou a prova em sexto lugar. 

Diogo Moreira foi o melhor novato de 2022 na Moto3
Diogo Moreira foi o melhor novato de 2022 na Moto3
Foto: KTM / Grande Prêmio

Foi também nesta temporada que Diogo fraturou o punho esquerdo após sofrer queda no GP da Itália. Por isso, ele perdeu a etapa na Catalunha e só retornou na Alemanha. Lá foi 16º, mesma posição em que terminou a corrida seguinte, na Holanda. Contudo, recuperou-se bem nas outras etapas.

Em Valência, última prova do ano, chegou à meta: terminou o campeonato como melhor novato. Finalizou a corrida no oitavo lugar e ficou nove pontos à frente de Daniel Holgado na tabela. Um primeiro passo importante do brasileiro na Moto3, que seguirá com a MSi em 2023. 

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