"Maior azarão da história", rival de A. Silva diz estar morrendo de medo
A pouco mais de três semanas do UFC Rio 3, o rival de Anderson Silva na luta principal da noite na cidade carioca não faz questão de esconder que se considera o "maior azarão da história" no confronto contra o campeão dos médios, invicto desde 2006. O americano Stephan Bonnar ainda admite que o medo é grande por uma derrota vexatória no dia 13 de outubro, considerando que pensava na aposentadoria antes do convite feito de última hora.
"Acho que eu sou o maior azarão da história de um evento principal do UFC", reconheceu Bonnar nesta quarta-feira, em conferência por telefone com a imprensa brasileira. O lutador, 37 anos, não sobe ao octógono desde novembro de 2011 e foi chamado às pressas para garantir a qualidade do card principal do UFC 153 após as lesões de José Aldo, campeão do peso pena, e do americano Quinton "Rampage" Jackson. Maior expoente do MMA atualmente, Anderson aceitou mudar de categoria, para os meio-pesados, e entrou no evento para fazer a luta principal sem um cinturão em jogo.
Mesmo com Anderson fora de sua categoria, Bonnar deixou claro que espera um confronto dificílimo, ainda mais diante da torcida brasileira. "Claro, estou morrendo de medo, mas o medo me motiva. É o medo que vai manter acesa a luz embaixo do meu traseiro para eu continuar treinando nas próximas semanas", disse o lutador.
Conhecido como "O Psicopata Americano", Bonnar concorda que está justificando o apelido em aceitar o convite de última hora feito por Dana White, presidente do UFC. "Nossa, é muita loucura. E tenho tudo que eu pedi, falei que queria lutar com alguém grande, e isso se confirmou. Não sou o tipo de cara que deixar passar essas chances", afirmou. "É como um sonho que se torna realidade, realmente não acreditei (quando recebeu a ligação). Só acreditei depois que falei com o Dana", completou, contando que pensou ser uma "piada".
Bonnar ainda relatou que seus próprios familiares ficaram receosos ao saber do confronto com Anderson. "Até minha mãe e minha família não queriam que eu aceitasse porque acham que eu vou morrer, que eu não tenho chance alguma", disse o lutador, que vem de três vitórias no UFC. No entanto, o próprio reconhece que seus últimos adversários "não foram à altura".
Para o UFC Rio, Bonnar prefere tentar as suas próprias estratégias, negando-se a fazer como o compatriota Chael Sonnen, que disputou dois grandes confrontos contra Anderson - apesar de perder ambos -, sempre apostando na luta de chão. "Claro que vou tentar buscar a queda, nas não tenho um wrestling como o Chael, não vou só tentar derrubar. Não é como eu sou, não vou conseguir mudar isso em três semanas", projetou.
O aguardado confronto acontece no próximo dia 13 de outubro, na HSBC Arena. O evento será o terceiro do UFC no Rio de Janeiro, que já contou com Anderson Silva disputando a luta principal em agosto do ano passado. Na oportunidade, o brasileiro derrotou o japonês Yushin Okami com facilidade, retendo o cinturão dos médios (até 84 kg). Agora, ele lutará pelos meio-pesados (até 93 kg).
