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Santos se posiciona sobre denúncias e vítima de racismo grava vídeo para falar do episódio

Advogado vitima de injúria racial se pronuncia dizendo que perdoou ofensor e não deseja mais desdobramentos sobre caso; acusado pediu desligamento do clube

24 dez 2020 - 07h03
(atualizado às 10h47)
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O Santos FC se posicionou oficialmente a respeito de denúncias de racismo e assédio moral entre funcionários do clube. Os casos foram levadas a público por meio de uma reportagem no site da "ESPN", veiculada nesta quarta-feira (23).

Situações relatadas aconteceram dentro da Vila Belmiro (Foto: Divulgação/Twitter Santos)
Situações relatadas aconteceram dentro da Vila Belmiro (Foto: Divulgação/Twitter Santos)
Foto: Lance!

No comunicado, o Peixe diz que quando a direção teve conhecimento dos fatos, o Departamento Judiciário e a Divisão de Inquérito e Sindicância do clube foram acionados.

Em relação à denúncia de assédio moral feita por uma ex-funcionária do setor de Recursos Humanos contra o superintendente de administração finanças, Luiz Eduardo Silveira, o clube afirma não ter constatado os indícios, sendo que a denunciante, cuja identidade foi preservada, acabou dispensada do clube por insatisfação no seu aproveitamento em três setores diferentes.

Já a vitima do caso de racismo teve o seu nome revelado. O advogado Cléber Pinto gravou um vídeo dizendo que recebeu pedido de desculpas formal pelo ocorrido e o aceitou. Na matéria, a ESPN revelou um áudio em que ele denuncia diretamente ao presidente Orlando Rollo uma injúria racial cometida pelo gerente de controladoria, Roberto Rabelato.

- Vim tratar de uma questão de injúria racial que ocorreu comigo, levei ao conhecimento do presidente e ao Comitê Gestor, no qual fui prontamente acolhido. Tive pedido de desculpas formal pelo ofensor, no qual eu aceitei esse pedido. A partir desse momento, dei o caso como encerrado, Nunca autorizei a gravação da minha fala em uma reunião que ocorreu. Houve uma deturpação daqueles fatos. Todavia, quero deixar bem claro que o Santos Futebol Clube tem como principio a igualdade entre as pessoas, seus funcionários, Não há, nesse sentido, da minha parte, nenhuma ressalva - disse Cleber, em trecho da gravação publicada pelo Santos.

A nota oficial aponta que Roberto pediu desligamento do Santos para melhor apuração dos fatos. O comunicado, inclusive, diz que na mesma reunião onde as falas do advogado foi gravada, o presidente Orlando Rollo acenou com a possibilidade de prisão em flagrante de Rabelato, mas o próprio ofendido optou por não levar o caso adiante.

Confira na íntegra a nota do Santos FC

"O Santos FC esclarece fatos sobre matéria veiculada pelo portal ESPN:

Quanto aos fatos narrados, cabe explicar que todas as providências foram imediatamente adotadas quando os fatos foram narrados à direção do clube, quer seja em acionar o Departamento Jurídico, instaurar procedimento na Divisão de Inquérito e Sindicância e que fossem adotadas as devidas questões relativas à Polícia Judiciária.

Quanto à questão do assédio moral, foram ouvidos todos os funcionários e não foi constatado qualquer indício nesse sentido. A citada funcionária foi realocada e testada em três setores diferentes sem conseguir aproveitamento satisfatório em suas atividades laborais, motivo pelo qual foi devidamente desligada.

Salienta-se que o áudio captado se deu de maneira ilegal e sem o conhecimento dos presentes, porém a veiculação na mídia se deu de maneira deturpada e sem outros trechos importantes.

Sobre a questão da injúria racial, a vítima - o colaborador Dr. Cléber Pinto - destaca que recebeu todo o apoio da direção do clube e no vídeo aqui postado afirmou ter aceitado o pedido de desculpas e explicações do colaborador acusado, dando o caso por encerrado.

O Presidente Orlando Rollo, ainda na citada reunião, após ouvir atentamente ambas as versões, acenou por efetuar a prisão em flagrante e foi obstado pelo próprio Advogado "vítima", o qual foi enfático em não desejar dar qualquer tipo de prosseguimento no caso.

Reitera-se, por fim, que o crime de injúria racial tem natureza de ação penal condicionada à vontade da vítima.

O SFC informa que o colaborador acusado se desligou do clube para que a apuração interna prossiga de maneira independente e livre de qualquer interferência na apuração dos fatos".

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