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Por que o Palmeiras está de 'mãos atadas' em novela com Rony

Clube já se acertou com o Athletico-PR e o atacante, mas esbarra em divergência entre clube e jogador para fechar negócio

28 jan 2020 - 08h26
(atualizado às 09h59)
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O Palmeiras entende que neste momento precisa esperar um acordo entre Athletico-PR e Rony para tentar finalizar a novela pelo atacante. Depois de fazer propostas tanto ao clube quanto ao jogador, o negócio ficou travado devido ao impasse entre o Furacão e os empresários do possível reforço.

Na mira do Palmeiras, Rony vive situação complicada com o Athletico (Foto: Fabio Wosniak/Site Athletico)
Na mira do Palmeiras, Rony vive situação complicada com o Athletico (Foto: Fabio Wosniak/Site Athletico)
Foto: LANCE!

O Athletico se mostrou disposto a vender 50% dos direitos econômicos de Rony por 6 milhões de euros (R$ 27,7 milhões), e o Palmeiras chegou ao valor pedido. Os números apresentados ao atacante também agradaram. Ou seja, a diretoria alviverde entende que fez o necessário para contratar o atleta de 24 anos de idade.

O problema é que, na visão atleticana, Rony teria direito a receber 1 milhão de dólares (R$ 4,2 milhões) caso fosse vendido, independentemente do valor da transação. Já o estafe do jogador considera que o acordo com o Furacão prevê a divisão por igual entre as partes; ou seja, o atacante e seus empresários levariam 3 milhões de euros (R$ 13,9 milhões).

Este impasse já ocorre há semanas, e o Palmeiras considera que não há como se envolver, nem planeja subir sua proposta. O clube mantém contatos com a cúpula do Athletico pelo diretor de futebol Anderson Barros e entende que só será possível avançar mediante a resolução da briga entre as outras partes envolvidas.

A boa relação dos clubes é o que tem mantido o negócio vivo, e foi um dos motivos para o início das conversas, inclusive. No fim do ano, o Corinthians mostrou interesse em Rony, mas o Furacão não queria negociar com o arquirrival palmeirense, criticado pela forma como contratou Tiago Nunes.

Até o momento, a diretoria corintiana reforça que não fez uma proposta, e pessoas ligadas a Rony também dizem que o único clube a ter um contato oficial, com anuência do Athletico, foi o Palmeiras. No Verdão, o jogador é bem avaliado por Vanderlei Luxemburgo e é uma opção para jogar do lado esquerdo do ataque, na vaga que já foi de Raphael Veiga e hoje é de Veron.

Mesmo depois de mandar Rony para o time B, o Athletico ainda fala em renovar o contrato do atacante. O vínculo se encerra no meio de 2021 e já foi feita uma oferta para prolongá-lo, mas com salários próximos aos atuais e sem nenhuma bonificação. A pedida incomodou aqueles que cuidam da carreira do atacante. Deste episódio em diante a relação se deteriorou.

"Ele tem contrato até julho de 2021 e a cada mês que passa fica mais difícil se interessar por uma renovação, porque fica mais perto de ficar livre. Temos a corresponsabilidade com a ação do clube japonês na Fifa. O momento certo de resolver esta situação, que é uma renovação, precisa ser agora", disse Paulo André, diretor de futebol do Athletico, no podcast do clube.

"Clubes buscam, oferecem condições muito melhores, mas temos um laço importante com ele, ele sabe que aqui pode desenvolver ainda mais e pode ter uma venda maior no futuro. São tratativas que envolvem muitas partes e nestes casos são tocadas diretamente pelo presidente. Há uma possibilidade de renovação, há a questão jurídica, há interesses financeiros", completou.

Apesar do discurso, a possibilidade de renovar é extremamente remota. Rony chegou ao Athletico em 2018, após deixar o Albirex Niigata (JAP) por uma ação na Fifa. O clube japonês cobra na Justiça o jogador e o Furacão, que pode receber sanções financeiras. O Palmeiras, caso o contrate, só corre risco de não poder usá-lo se o atacante receber uma suspensão como pena.

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