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Mais do mesmo? Números mostram: Palmeiras dá mais passes com Mano

As duas partidas com mais trocas de passe do time no Campeonato Brasileiro ocorreram com o novo técnico, que já igualou também a partida de Felipão com menos lançamentos

12 set 2019 - 07h47
(atualizado às 08h35)
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As vitórias vieram, e a promessa de um time que toca mais a bola se cumpriu. Os números do Footstats mostram que as duas partidas sob o comando de Mano Menezes foram as que o Palmeiras mais trocou passes certos no Campeonato Brasileiro, superiores ao que ocorreu mesmo no jogo com mais bola de pé em pé com Luiz Felipe Scolari no banco.

Mano Menezes prometeu uma saída de bola trocando mais passes e vem cumprindo (Agência Palmeiras/Divulgação)
Mano Menezes prometeu uma saída de bola trocando mais passes e vem cumprindo (Agência Palmeiras/Divulgação)
Foto: Lance!

O Verdão teve 456 passes certos no 2 a 1 sobre o Goiás, no sábado passado, em Goiânia, e 346 no 3 a 0 diante do Fluminense, na última terça-feira, no Allianz Parque. Ambos maiores do que o recorde da equipe com o técnico anterior: 344 passes certos na vitória por 2 a 0 ante o Avaí, no estádio do Verdão, no que foi o último triunfo de Felipão no principal torneio nacional.

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- Embora o pessoal, de um modo geral, me achava mais do mesmo, uma análise um pouco mais profunda de futebol é capaz de estabelecer uma diferença na maneira de as minhas equipes jogarem em relação ao que estava sendo executado. Todas são boas, quando se faz bem, e respeito todas. Mas meu time joga com um pouco mais de aproximação e posse de bola. Gosto que a equipe faça isso, e trabalhamos para isso - disse Mano.

- Escolhemos fazer uma transição controlada para fazer essa mudança. É perigoso fazer de forma abrupta. Às vezes, não dá certo, não se faz uma coisa nem outra, e o time fica pelo meio do caminho. É o caminho que queremos evoluir, e temos condições pela qualidade do time, para que as vitórias se repitam, as atuações melhores e tenhamos mais consistência e segurança para seguirmos nesse caminho.

A estreia em Goiás também fez Mano igualar o menor número de lançamentos que teve com Felipão: 27, assim como no 2 a 0 sobre o Atlético-MG, no Mineirão. O confronto em Goiânia ainda foi o que o Palmeiras mais teve posse de bola na competição: 59,3%, superior ao recorde de 55,5% sob o comando de Scolari, no empate por 1 a 1 diante do Vasco, no Allianz Parque.

Contra o Fluminense, porém, esses números não foram tão bons. Os comandados de Mano tiveram 42,8% de posse (a sexta pior do clube na competição) e 34 lançamentos (a oitava vez que o time menos optou pela alternativa no torneio). A insistência em ligações diretas, especificamente, incomodou o novo treinador no Allianz Parque.

- Em determinados momentos do jogo, alongamos muito e perdemos o controle, porque o jogo fica "lá e cá", o que eu não gosto. Quando se tem a vantagem no placar, isso é mais desnecessário e menos inteligente ainda, porque dá a oportunidade que o adversário quer e não pode ter - comentou, citando as participações de Diogo Barbosa e Marcos Rocha em dois dos três gols de Luiz Adriano sobre o Fluminense como prova do sucesso de sua estratégia de atuar mais pelo chão.

- Fizemos uma saída de bola mais no chão, com controle de ações, propondo o jogo. Isso dá mais tranquilidade para a passagem dos laterais, porque a bola chega mais lenta à frente, passando pelos setores. Se a bola chega muito rápido lá na frente, não dá tempo nem segurança para os laterais passarem, e eles não passam. Contra o Fluminense, fizemos dois gols com boas passagens - declarou, otimista para uma evolução.

- O time precisa construir uma capacidade de trabalhar a bola, levar o adversário e a marcação para o lado que queremos e usar o lado contrário com qualidade, abrir linhas para construir com qualidade. É assim que sempre trabalhei e é o caminho que vamos fazer. Temos de evoluir nessa linha. Quando estivermos muito confiantes assim, a tendência é de entregar um jogo gostoso de se ver, com a qualidade que se tem, que é grande.

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