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J. Veloso surpreende com mudança de modalidade e detona CBDA

12 ago 2016 - 19h58
(atualizado às 20h40)
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Foto: Getty Images

Juliana Veloso encerrou nesta sexta-feira sua participação nos Jogos Olímpicos do Rio. Com a 27ª posição na semifinal do trampolim de três metros (eram 29 participantes), a brasileira não conseguiu vaga na grande final. Com isso, a atuação no Parque Maria Lenk pode significar também o fim do ciclo da saltadora na modalidade.

Questionada sobre o futuro na zona mista, Juliana, que completa 36 anos no fim do ano e participou de quatro edições dos Jogos, não garantiu que irá competir em Tóquio-2020 nos saltos ornamentais. No entanto, a brasileira já cogita, inclusive, uma mudança de modalidade no futuro:

"Sinceramente ainda não parei para pensar. Acredito que não chego em 2020, mas ainda quero competir no saltos nos Jogos Militares. A questão é que a edição mundial é em 2019. Então se eu chegar até lá, vai até 2020 (risos). Mas estive refletindo e gosto muito de tiro. Na Marinha (ela é terceiro sargento) a gente pratica. Tive conversando com a equipe de tiro. É um esporte que vai longe na questão da idade e está dentro da minha realidade (financeira). Mas no momento eu penso mais em tirar férias", afirmou Juliana, que revelou estar finalizando o curso de jornalismo.

Sobre a questão da cor da água, que forçou o cancelamento de treinos no Maria Lenk nesta sexta-feira, Juliana disse que não é uma novidade para ela aqui no Brasil. Mas que deixou os gringos surpresos.

"Olha, já competi e treinei com a água desta cor. Não me atrapalhou em nada, a pele não está coçando, nem o olho ardendo. Mas foi uma surpresa para os estrangeiros. Os amigos brincaram que estava nadando na piscina do Shrek, que tinha jacaré lá dentro, Pantanal. Treino aqui há algum tempo e foi a primeira vez que isso aconteceu", revelou.

Foto: Getty Images

Sobre o futuro da modalidade, Juliana foi sincera e ao mesmo tempo bastante descrente sobre êxitos. Na avaliação dela, falta a atual geração paixão verdadeira pela modalidade, além de criticar a gestão da CBDA.

"Eu tenho pena da nova geração, porque essa organização é horrível. A confederação é medíocre. Além disso, eles estão mais preocupados em popularidade, seguidores em redes sociais. Poucos tem paixão pelo esporte como a minha geração teve. E agora eles tem muita coisa de mão beijada, onde tive muito que batalhar", finalizou.

Além da prova no trampolim de três metros, Juliana competiu no salto sincronizado na mesma plataforma. Em dupla com Tammy Galera, ela ficou em último lugar na competição.

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