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Ídolo de vários times e multicampeão, Romário faz 50 anos

Baixinho fez história, principalmente, por Vasco, Flamengo, Seleção Brasileira, PSV e Barcelona. De atacante autor de 1.002 gols, Romário de Souza Faria passou a político

29 jan 2016 - 12h07
(atualizado às 13h39)
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Foto: Lance!

Romário de Souza Faria. Ou pura e simplesmente Romário, o "Gênio da grande área". O Baixinho que fez história, principalmente, por Vasco, Flamengo, PSV, Barcelona e Seleção Brasileira encantando com gols, jogadas inesquecíveis e algumas polêmicas completa 50 anos neste 29 de fevereiro de 2015. De atacante autor de 1.002 gols na vitoriosa carreira como atleta, Romário passou a político. Foi deputado federal e, hoje, é Senador. 

VASCO, FLAMENGO, FLUMINENSE E SELEÇÃO BRASILEIRA

O Vasco foi o clube mais simbólico da carreira do Romário Afinal, foi ali em que fez grande parte de sua formação (teve uma breve passagem pelo Olaria nas categorias de base) e iniciou sua carreira profissional. Foi no Gigante da Colina que conquistou seu primeiro Estadual (foram dois), o primeiro título brasileiro e artilharia da competição, além da Mercosul. Além disso, a marca história de 1000 gols foi atingida em São Januário, no triunfo por 3 a 1 sobre o Sport. Em quatro passagens, foram 410 jogos com 326 gols.

Após a primeira passagem pelo Vasco, Romário foi chegava ao PSV. Foi na Holanda que o Baixinho começou a encantar o mundo. Foram três artilharias do Campeonato Holandês e duas da Liga dos Campeões. A média de gols pelo clube de Eindhoven foi a maior da carreira: 0.98 gol/por jogo graças a 165 bolas na rede em 167 partidas. Do PSV, Romário foi para o Barcelona e seguiu encantando. Foram gols antológicos ao lado de craques como Stoichkov e Laudrup. O tão desejado título da Liga dos Campeões não veio novamente, mas o Baixinho faria história no Barça após 53 gols em 84 jogos.

Após encantar no Barcelona e com o Brasil, Romário chegou ao Flamengo no auge. Afinal, era o Melhor Jogador do Mundo, tetracampeão mundial com a Seleção e jogando o fino da bola. A identificação com a torcida rubro-negra, mesmo sendo revelado pelo rival Vasco, foi imediata. Se no quesito título as conquistas foram "modestas" (dois Estaduais e uma Mercosul), Romário retribuiu com gol as três passagens pelo clube. Ele balançou a rede 204 vezes em 240 partidas.

A chegada no Fluminense foi apoteótica. Afinal, era o terceiro grande do Rio que Romário iria defender e chegou como grande contratação da Unimed, que em 2002 começava a investir pesado no futebol tricolor. É verdade que títulos não aconteceram nas Laranjeiras. Mas a torcida lembra com carinho da maior parte do período em que o Baixinho por lá. No total, foram 77 jogos com 48 gols.

ALEGRIA, TRISTEZAS E HISTÓRIA PELA SELEÇÃO BRASILEIRA

Romário teve uma relação de alegria e desilusão na Seleção. Afinal, surgiu no fim dos anos 80 como um dos principais atacantes do país. Campeão da Copa América em 1989, foi coadjuvante em 1990, até devido a uma grave lesão que teve. Anos depois brigou com Parreira e Zagallo e ficou de fora do time nacional. Voltou na última rodada das Eliminatórias para a Copa de 1994 como salvador. Classificou o Brasil no emblemático jogo diante do Uruguai no Maracanã. Na Copa dos Estados Unidos foi o principal jogador do tetra.

Ficou novamente um tempo fora da Seleção, mas desta vez por conta do período de renovação. Retornou em 1997, quando conquistou a Copa América. Foi convocado para o Mundial de 1998, mas cortado devido a uma lesão. O episódio não foi bem digerido pelo Baixinho, que gerou briga com Zagallo e Zico. Retornou em 2000, e em meio a troca de técnicos. No entanto, foi preterido por Felipão e ficou fora da Copa de 2002, apesar dos pedidos populares. Se despediu em 2005, em jogo festivo diante de Honduras.

VALENCIA, AVENTURAS E JOGO PELO AMÉRICA

Romário ainda defendeu o Valencia por pouco tempo, se aventurou no Miami FC e ainda passagens frustradas por Al Saad (SAU) e Adelaide (AUS). Se foi apresentado, mas não entrou em campo pelo Tupi, o Baixinho fez um jogo pelo América-RJ. Após dois anos como aposentado, em 2009, Romário realizava o sonho do seu pai, Seu Edevair, que havia morrido um ano antes, e foi campeão carioca da Série B pelo clube rubro.

O ROMÁRIO DEPUTADO E SENADOR

O período "sabático" de Romário durou dois anos após ter se aposentado. Em 2009, o Baixinho filiou-se ao PSB do Rio de Janeiro e, no ano seguinte, foi o sexto deputado federal mais votado no Estado, recebendo 146.859 votos. Visto em um primeiro momento com desconfiança por conta das muitas polêmicas na carreira de atleta, Romário surpreendeu em sua primeira experiência como político. O político Romário afirmou que sua filha Ivy, portadora de Síndrome de Down, foi sua grande inspiração para entrar na política e defender, principalmente, os interesses portadores de deficiências.

Romário passaria a ser um ferrenho crítico dos gastos excessivos para a realização da Copa do Mundo de 2014. José Maria Marin, então presidente da CBF, e Marco Polo Del Nero, atualmente licenciado da presidência da entidade, seriam seus grandes alvos. O Baixinho foi eleito presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados, em março de 2013, depois de ter sido vice-presidente da mesma Comissão, em 2011. Suplente da Comissão de Educação e Cultura e Vice-presidente da Frente Parlamentar da Pessoa com Deficiência, ele também foi Diretor de Assuntos Esportivos e Acessibilidade da Frente Parlamentar da Atividade Física.

Após quatro anos como deputado, Romário se lançou candidato ao Senado pelo PSB em 2014, já como presidente do partido no Rio de Janeiro, após ter ter deixado o mesmo brevemente. Com expressivos 4.683.963 de votos, Romário foi novamente eleito. O Baixinho é presidente da CPI do Futebol, cujo objetivo é investigar a CBF.

Romário quer informações para CPI com presos da Fifa:
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