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Falhas individuais marcam história da Colômbia em Copas

Relembre as presepadas que já prejudicaram os times colombianos em mundiais

20 jun 2018 - 07h43
(atualizado às 09h18)
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A expulsão de Carlos Sanchéz no confronto contra o Japão deixou a Colômbia em maus lençóis no Grupo H da Copa do Mundo. Ao receber cartão vermelho, (por tocar o braço na bola dentro da grande área), o volante deixou o campo com apenas dois minutos e 56 segundos de jogo e entrou para a história do Mundial como a segunda expulsão mais rápida já vista no torneio. Este foi o primeiro cartão vermelho aplicado na atual edição disputada na Rússia.

A falha, que garantiu o pênalti convertido em gol pelos japoneses, custou caro ao time de Pékerman, que encerra a primeira rodada na lanterna do grupo e com a pressão de depender de resultados melhores nas próximas rodadas para chegar às oitavas de final.

Mas esta não foi a primeira vez que uma falha individual prejudicou a Colômbia em Copa do Mundo. Em 1990, o goleiro Higuita errou feio na saída de bola e entregou a vitória para o rival nas oitavas de final e, mais tarde, em 1994, Andrés Escobar marcou o gol contra mais famoso e trágico da história do Mundial. Relembre os erros que custaram a classificação da Colômbia:

Colômbia paga caro por ousadia de Higuita (1990)

Famoso pelas peripércias que fazia em campo, o goleiro René Higuita fez todo o time pagar um preço caro por toda essa ousadia nas oitavas de final da Copa do Mundo de 1990, realizada na Itália. Em Nápoles, o camisa 1 entregou a vitória nas mãos da seleção camaronesa e viu a Colômbia deixar o Estádio San Paolo derrotada por 2 a 1 na prorrogação, resultado que eliminou a equipe do Mundial.

No lance, que ainda incomoda muitos colombianos, Higuita foi até a intermediária para dominar uma rebatida da defesa adversária aos quatro minutos da prorrogação. Com a bola nos pés, o goleiro tocou para um companheiro, que errou o passe quando tentava devolver e o tempo fechou, porque o ataque camaronês foi para cima. Sem saber o que fazer, Higuita tentou driblar Roger Milla, mas foi desarmado pelo atacante, que saiu em disparada e mandou a bola para dentro do gol desprotegido.

Protagonista do jogo, Milla concluiu o tento com dancinha, gesto tradicional também nas comemorações da seleção colombiana, e deu uma declaração nada humilde após a partida. "Ele tentou me driblar e ninguém dribla o Milla", disse o jogador que foi eliminado junto à seleção camaronesa nas quartas de final e viria a se tornar o atleta mais velho ao fazer um gol em uma Copa em 1994, quando tinha 42 anos.

O trágico gol contra de Andrés Escobar (1994)

46 gols contra foram marcados até esta edição da Copa do Mundo, entretanto, o mais famoso continua sendo o de Andrés Escobar, que favoreceu os Estados Unidos em 1994. A seleção colombiana era uma das favoritas ao título, mas acabou sendo eliminada como a última equipe do Grupo A - que tinha Estados Unidos, Colômbia, Romênia e Suíça.

A partida, válida pela segunda rodada, era a chance de recuperação do time que contava com craques como Carlos Valderrama, Faustino Asprilla e Freddy Rincón, mas havia sido derrotado na estreia para Romênia (3 a 1).

Dependendo do resultado, a seleção colombiana teve sua primeira decepção logo de cara, porque foi o gol contra do zagueiro Escobar que abriu o placar no Rose Bowl, em Pasadena. No lance, o defensor tentou cortar o passe do ataque estadunidense, mas não calculou o espaço corretamente e acabou colocando contra o próprio patrimônio.

Dos três jogos que disputou pelo Grupo A, a Colômbia venceu apenas o último: 2 a 0 sobre a Suíça. Apesar do time bom, os resultados ruins custaram a classificação da equipe, que retornou ao seu país desolada. Menos de uma semana depois, Escobar foi abordado por três homens e uma mulher quando saía de um restaurante em Las Palmas e, de acordo com testemunhas, uma discussão sobre o gol contra antecedeu os 12 tiros que mataram o jogador. Apesar das inúmeras teorias existentes, até hoje o autor do crime não foi confirmado.

Escobar foi assassinado com 27 anos, quando estava noivo e prestes a se apresentar ao Milan, que o havia contratado antes do Mundial.

Expulsão de Sánchez e pênalti para o Japão (2018)

Integrante do Grupo H da Copa do Mundo 2018, ao lado de Japão, Polônia e Senegal, a seleção colombiana sofreu um duro golpe logo na primeira rodada da fase de grupos. Apesar de ter entrado em campo como favorita à vitória, devido ao período de baixo rendimento que atravessava o Japão, a equipe se complicou na partida com apenas dois minutos de bola rolando, quando o volante Carlos Sanchéz recebeu o primeiro cartão vermelho da Copa na Rússia por tocar a bola com o braço dentro da grande área.

O ato fez Sánchez entrar para a história como a segunda expulsão mais rápida já vista em uma edição do Mundial, ficando atrás apenas do do uruguaio José Batista, que na Copa de 1986, foi expulso com apenas 54 segundos da partida contra a Escócia, que terminou empatada em 0 a 0, pela fase de grupos. O erro de Sanchez também atingiu outra marca: esta foi a primeira vez que um colombiano recebeu cartão vermelho em Copas do Mundo.

No lance, o volante estava dentro da grande área e ao perceber a bola vindo em sua direção, tentou fazer o domínio, mas acabou cortando o chute japonês com o braço, ato que rendeu o pênalti para os comandados de Akiro Nishino, convetido em gol por Kagawa aos seis minutos. Falcao ainda empatou para a Colômbia, mas a equipe não conseguiu superar o segundo tento dos Samurais Azuis, com Osako, e encerrou a estreia com a derrota amarga.

*Sob a supervisão de Aigor Ojêda

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