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Coritiba celebra 30 anos da conquista do Brasileirão de 1985 nesta sexta

31 jul 2015 - 12h15
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A sexta-feira é especial para a torcida coxa-branca. Muito especial. Exatos 30 anos atrás, em 31 de julho de 1985, o Coritiba conquistava, em pleno Maracanã, o Campeonato Brasileiro de 1985. Era o primeiro alcançado por um clube paranaense. Título que fez o Coxa atingir novo status no futebol brasileiro. Título conquistado por um time que não era apontado como um dos favoritos no início da competição, mas cresceu na reta final e atingiu o ápice na surpreendente decisão contra o Bangu. O Coritiba de Rafael, Dida, Lela, Índio & Cia. era o primeiro campeão da Nova República. 

Integrante do Grupo A, o Coritiba teve início irregular, com duas vitórias, um empate e duas derrotas, o que motivou a chegada do técnico Ênio Andrade, que já tinha dois Brasileirões no currículo, o de 1979 com o Internacional e o de 81 com o Grêmio. Seria ele o responsável por, com o passar do tempo, moldar o Coxa que faria história. Dino Sani havia iniciado a competição como treinador do Coxa, que ainda teve Dirceu Krüger, um dos maiores ídolo da história do clube como atleta, de interino. Krüger, que havia comandado a base do time campeão um ano antes, seria auxiliar de Ênio. 

– Foi um momento especial. Não se têm palavras para a emoção de ter conquistado esse título brasileiro. Crescemos na segunda fase, tivemos um técnico extraordinário e jogadores de alta qualidade. O Coritiba foi evoluindo, buscava os resultados, era um time com muita vontade – recordou Dirceu Krüger, hoje com 70 anos, ao LANCE!.

A evolução do Coxa só aconteceu no returno, quando o time liderou a sua chave e, por isso, avançou à fase seguinte. Feito alcançado graças a um gol de Lela nos minutos finais do jogo diante do Santos, que terminou em 2 a 1 para o Coxa. Um empate, resultado que se desenhava, garantiria a classificação do Fluminense, atual campeão. Quem avançou foi o Coxa. Para fazer história. 

Graças as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1986, o Brasileirão ficou paralisado por mais de dois meses. O tempo foi precioso para Ênio Andrade fazer o Coritiba evoluir. No Grupo E da segunda fase, o Coxa liderou a chave que ainda tinha Corinthians, Sport e Joinville e avançou à semifinal. O desacreditado Alviverde seguiria mostrando sua força. O duelo foi contra o Atlético-MG de João Leite, Luizinho, Nelinho, Paulo Isidoro e Reinaldo. O Coxa era o azarão. O Galo o favorito. Ainda mais pelo fato de ter sido o único time visto como um dos candidatos ao título que chegou às semifinais.

Elenco, comissão técnica e diretoria posam para a foto da conquista (Foto: Divulgação/Coritiba)

O primeiro jogo da semifinal, no Couto Pereira, terminou com vitória coxa-branca, por 1 a 0, gol de Heraldo. Na partida da volta, no Mineirão, o goleiro Rafael foi, mais uma vez, fundamental para o Coritiba. Valente, o Coxa segurou o 0 a 0 e avançou à decisão diante do Bangu, que eliminara o Brasil de Pelotas. O time gaúcho foi a outra surpresa daquele Brasileirão. 

– O Coritiba chegar à final era uma coisa que ninguém acreditava, mas conseguimos segurar o 0 a 0 no Mineirão, com o Atlético em cima da gente o jogo inteiro e com a torcida cantando parabéns para o Nelinho, pois era aniversário dele. Dizem que houve polêmica em uma bola entrou, mas ela não entrou fiz aquela defesa. Merecemos a final. A própria torcida do Atlético reconheceu – destacou Rafael, ao L!.

A decisão, disputada em jogo único, contou com a presença de 91.527 espectadores no Maracanã. A maioria era de torcedores do Bangu, que ganharam o apoio de rubro-negros, tricolores, vascaínos e alvinegros. No tempo normal, o jogo ficou no 1 a 1, gols de Índio, para o Coxa, e Lulinha para o a Bangu. O título seria decidido nos pênaltis. O empate persistiu até o momento das cobranças alternadas. Ado, do Bangu, cobrou para fora. Coube a Gomes converter, fazer 6 a 5 e garantir o Coxa na história.

– Foi uma satisfação dobrada ser campeão no Maracanã com a maioria da torcida contra... É uma glória que só quem viveu aquilo pode dizer. Tínhamos um time muito unido. Pregam muito união hoje, mas isso não existe. Nós, sim, tínhamos um grupo unido. Crescemos no momento certo, pois nossa campanha foi de razoável para boa – completou Rafael. 

O Coritiba terminaria o Brasileirão com uma campanha de 12 vitórias, sete empates e dez derrotas. Índio, com nove gols, foi o artilheiro da equipe. Toby, de 28 jogos, foi quem mais atuou, ficando fora apenas de ma partida. Índio disputou 27, sendo seguido por Rafael, André e Dida, com 26.

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