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Astros da Copa: Messi é um gênio em busca do único título que falta

A Copa do Mundo da Rússia será um trabalho de Hércules para o gênio argentino. Diferentemente dos anos de 2010 e 2014, sua seleção não o ajuda

7 jun 2018 - 16h57
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Lionel Messi dispensa comentários. É o melhor jogador de sua geração, um dos maiores de todos os tempos e só não ganhou um título: a Copa do Mundo. Na Rússia, Messi chega mais uma vez em grande nível, mas lidera um selecionado com o moral baixo, que quase não se classificou e, hoje, derrapa a cada desafio. Depois da Copa de 2006 - quando tinha 19 anos era um dos menudos Hermanos ao lado de Mascherano e Tevez, e era um reserva ganhando experiência - sempre foi o cara da Argentina, que, desde o ouro olímpico na China, passou a depender demais de seu 10. A ponto da tal "Messidependência" ter virado adjetivo para a Albiceleste. Em 2010, ele chegou como o astro maior da Copa na África do Sul, já era o melhor do mundo pela Fifa.

Messi tem condições de levar a Argentina longe. Mas até onde?
Messi tem condições de levar a Argentina longe. Mas até onde?
Foto: Lance!

Mas a bola teimou em não entrar. Foi uma sucessão de bolas na trave e nenhum gol em cinco jogos até a eliminação vexatória para a Alemanha (0 a 4). Em 2014, o cinco vezes melhor do planeta e dono de três Mundiais com o Barcelona - único time que defendeu - bateu na trave. Ele foi escolhido o melhor jogador do torneio (contestado, é verdade), mas amargou o vice-campeonato ao perder a final para a Alemanha, na prorrogação.

Na Rússia, Messi tem bons parceiros. Mais uma vez trocará figurinhas com Di María, Huguaín, e Dybala é um coajuvante de ouro. Mas nem só de ataque vive uma seleção. E a Argentina desembarcará com: um treinador que quase não treinou a sua equipe (assumiu para evitar o vexame da eliminação); sem seu goleiro mais experiente (Romero, cortado); seu único bom lateral só a 50% (Mercado); apostando em dois defensores que não estão mais em alto nível (Mascherano e Biglia); e um zagueiro novato (Funes Mori). Messi é, para muitos, o maior jogador depois de Pelé. Para alguns, supera até o nosso Rei. Mas futebol não é tênis e a tabela da Argentina rumo à final é das mais complicadas. Messi merece um Mundial com a sua seleção e esta será a sua última chance. Mas os deuses da bola, pelo menos no quesito Copa não estão ajudando o 10.

ANÁLISE DO CRAQUE

"Não somos favoritos. Há seleções melhores".

Lionel Messi foi sincero ao falar das seleções que brigam pelo título da Copa. Para o camisa 10 do Barcelona, a Argentina, apesar de contar com grandes nomes, principalmente do meio de campo para frente, não é favorita à taça.

- Não somos os melhores. A realidade é que, sendo sincero e justo, hoje há seleções melhores que nós. Temos que ser realistas, com humildade em busca desse sonho.

Vamos dar tudo para tentar consegui-lo, seja qual for o rival - declarou Messi, ao "Canal 13".

Ele - que na entrevista disse não descartar defender o Newell's, seu time de infância, antes de encerrar a carreira - pediu humildade para a Argentina tentar acabar com o longo jejum: desde a Copa América de 1993 que a Seleção principal não é campeã.

SOBE E DESCE

A favor

Embora não tenha feito boa eliminatórias e realizado amistosos recentes muito ruins, a seleção da Argentina tem um ataque acima da média, com jogadores de altíssimo nível para auxiliarem Messi. O poder de fogo dos Hermanos na frente é tão grande que é capaz de minimizar a má fase crônica do time nos últimos anos e a irregularidade defensiva.

Contra

Definitivamente, a Argentina da Era Messi amarela. Ou não chega ou perde final (duas Copas América e a Copa-14). parece que alguém sempre dá um branco lá na frente. E tem a questão defensiva. A Argentina que estará na Rússia tem, certamente, a sua pior defesa em décadas.

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