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Arthur Nory relembra fala racista e pede desculpas: 'Errei e quero me tornar melhor'

O ginasta se desculpou em 2015, mas se posicionou novamente após a vitima na ocasião, Angelo Assumpção, ser novamente alvo de injúrias no clube Pinheiros

1 set 2020 - 14h25
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O ginasta brasileiro Arthur Nory, campeão mundial na barra fixa e bronze no solo nas Olimpíadas Rio 2016, relembrou nesta terça-feira, um vídeo onde ele, e os ginastas Fellipe Arakawa e Henrique Flores aparecemcometendo injúrias racistas contra o ginasta Angelo Assumpção, durante um treinamento da seleção brasileira em 2015.

Nory chamou injúria de 'imbecilidade' e lamentou o fato (Foto: Reprodução/Instagram)
Nory chamou injúria de 'imbecilidade' e lamentou o fato (Foto: Reprodução/Instagram)
Foto: Lance!

O caso voltou aos noticiários por causa de outra reportagem do 'Esporte Espetacular, da "Globo", expondo o racismo contra Angelo Assumpção no clube Pinheiros. No vídeo de 2015, Nory aparece ao lado dos colegas, rindo de piadas do tipo: 'O saquinho do supermercado é branco. E o do lixo? É preto!'

O ginasta admitiu o erro na ocasião, mas com a repercussão da nova denúncia onde ele não tem qualquer tipo de ligação, voltou a pedir desculpas e afirmou que buscar ser uma pessoa melhor.

- Errei e quero me tornar melhor. Há 5 anos, eu trazia à tona através de uma rede social uma imbecilidade, achando que era uma simples brincadeira engraçada. A rotina de anos, coloca a gente numa bolha. Numa maldita bolha. A gente acaba sendo "educado" a coisas sem perceber. Expus um amigo, uma amizade de 15 anos numa total falta de noção - afirmou.

- Os anos passaram, e a falta de entendimento junto a ideia do "é melhor ficar calado", andaram um tempo comigo. As vezes a gente demora pra fazer muita coisa na vida. Tô aqui porque já passou da hora de me expor pelas minhas próprias palavras, que não são as melhores, mas são as que eu to construindo. Ou melhor, desconstruindo. Um ato de preconceito só precisa de uma oportunidade pra acontecer. Enquanto a gente tiver medo de assumir a ignorância, qualquer um de nós pode estar machucando alguém, mesmo sem perceber. Passo a passo, eu quero ser um cara melhor - concluiu.

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Há 5 anos, eu trazia à tona através de uma rede social uma imbecilidade, achando que era uma simples brincadeira engraçada. A rotina de anos, coloca a gente numa bolha. Numa maldita bolha. A gente acaba sendo "educado" a coisas sem perceber. Expus um amigo, uma amizade de 15 anos numa total falta de noção. Os anos passaram, e a falta de entendimento junto a ideia do "é melhor ficar calado", andaram um tempo comigo. As vezes a gente demora pra fazer muita coisa na vida. Tô aqui porque já passou da hora de me expor pelas minhas próprias palavras, que não são as melhores, mas são as que eu to construindo. Ou melhor, desconstruindo. Um ato de preconceito só precisa de uma oportunidade pra acontecer. Enquanto a gente tiver medo de assumir a ignorância, qualquer um de nós pode estar machucando alguém, mesmo sem perceber. Passo a passo, eu quero ser um cara melhor.

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