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Alemanha x Chile: luta pela que pode ser a última Copa das Confederações

Seleções decidem neste domingo o título da competição, que passará por análise da Fifa

1 jul 2017 - 22h33
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Campeão da Copa das Confederações! É bom Alemanha e Chile darem tudo de si na final em São Petersburgo neste domingo, às 15h (de Brasília) porque essa tem tudo para ser a última chance de alguma seleção conquistar o troféu. Quando as luzes se apagarem na Rússia, a chance é grande que seja pela última vez, já que a Fifa planeja exterminar o torneio, usado como aquecimento para a Copa do Mundo.

Em sete edições desde que a Copa das Confederações ganhou a chancela da Fifa na organização, tanto Chile quanto Alemanha nunca ganharam o torneio. Os alemães chegaram à semifinal em 2005, mas ficaram com o terceiro lugar. Os chilenos disputam a competição pela primeira vez.

- Primeiro de tudo, o futuro da Copa das Confederações é a final de amanhã. O que acontece depois disso é algo que, como sempre na Fifa desde que cheguei, é que será analisado. Já fizemos com a Copa do Mundo, que decidimos aumentar para 48 participantes. Vamos analisar todas as competições da Fifa, de base, das mulheres, o Mundial de Clubes e a Copa das Confederações. Vamos tomar uma conclusão, não há nada mais - disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino, em coletiva neste sábado.

Mas o interesse - ou melhor, a falta dele - dos próprios finalistas alemães (que levaram time alternativo, sem os principais jogadores) é um dos quesitos levados em conta pela Fifa para repensar a realização do torneio no próximo ciclo. A Copa das Confederações não gera mais mobilização, apesar do discurso da Fifa de que a competição foi um sucesso.

Na Rússia, por muito pouco não houve acordo para transmissão das partidas na televisão local. Os estádios não ficaram completamente lotados, ingressos precisaram ser distribuídos e, somado ao fracasso da seleção local, a competição não foi tão vibrante assim, apesar de ter sido bem organizada.

- Essa Copa das Confederações tem sido um grande sucesso por muitos pontos de vista. A presença no estádio foi boa. Tivemos uma média de 38 mil expectadores por jogo. Temos dois grandes finalistas. Se um torneio problemático for igual a esse, então eu quero mais torneios problemáticos no futuro. Porque foi um grande sucesso - completou Infantino.

Além do interesse esportivo, a Copa das Confederações - caso continue viva - promete gerar um problema político para a Fifa. Já foi uma queda de braço reservar no calendário o espaço, em dezembro de 2022, para a Copa do Mundo no Qatar. Fazer o mesmo eventualmente em 2021 desagradaria os clubes e causaria um pequeno colapso na organização do futebol europeu. Portanto, vale a pena o esforço de chilenos e alemães, já que o troféu pode entrar em extinção.

OPINIÃO - Igor Siqueira

"Pode até encher, mas não vai esquentar"

A Fifa e o Comitê Organizador Local da Copa das Confederações garantem que a final será com casa cheia. Mas, pode até encher, mas, definitivamente, o clima não vai esquentar. Tanto no sentido literal, apesar do "verão" russo, quanto no figurado, em relação ao comportamento do torcedor na arquibancada. Tendo como exceção os chilenos que atravessaram mais do que o Atlântico para ver La Roja de perto em mais uma busca por título, o comportamento geral do pessoal por aqui não é de tanta euforia. Talvez seja porque a seleção local já deu adeus, frustrando os anfitriões, mas o clima é bem diferente de uma final em um grande centro do futebol. Comparar com o Brasil, em 2013, é até covardia. São Petersburgo tem referências e anúncios da final pela cidade, mas o povo vive quase como se nada tivesse acontecendo. Há mobilização dos dirigentes, claro. Mas, pelo menos na véspera, a população não se mostrou tão engajada. De qualquer forma, vale o aplauso a uma competição, até agora, sem problemas estruturais.

*Repórter viaja a convite da Gazprom

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