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Jogos de Paris

Olimpíada: cresce oposição à proibição de protestos no pódio

Mais de 150 atletas, acadêmicos e ativistas de justiça social assinando uma carta aberta exigindo mudanças à Regra 50

23 jul 2021 - 10h35
(atualizado às 10h48)
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A oposição à proibição do Comitê Olímpico Internacional a protestos no pódio durante os Jogos de Tóquio se intensificou nesta sexta-feira, com mais de 150 atletas, acadêmicos e ativistas de justiça social assinando uma carta aberta exigindo mudanças à Regra 50.

Pódio que será usado na Olimpíada de Tóquio é mostrado na arena Ariake, em Tóquio
03/06/2021 REUTERS/Issei Kato/Pool
Pódio que será usado na Olimpíada de Tóquio é mostrado na arena Ariake, em Tóquio 03/06/2021 REUTERS/Issei Kato/Pool
Foto: Reuters

O COI relaxou no começo deste mês a regra que proibia atletas de realizar qualquer protesto, e agora permite que eles façam gestos no campo da competição, desde que não causem perturbações e respeitem os seus colegas competidores.

No entanto, ainda há a ameaça de sanções se os protestos forem feitos no pódio durante os Jogos. A carta disse que estava acrescentando uma "voz coletiva" aos pedidos para modificar a Regra 50.

"Acreditamos que a comunidade global do esporte está em um ponto de inflexão em questões raciais e de justiça social, e pedimos que vocês, como líderes dos movimentos olímpicos e paralímpicos, tenham um compromisso maior com os direitos humanos, a justiça racial/social e a inclusão social", disse a carta.

Entre os signatários, estão os corredores negros norte-americanos Tommie Smith e John Carlos, expulsos das Olimpíadas de 1968 após abaixarem a cabeça e erguerem o punho com luvas negras no pódio em protesto contra a desigualdade racial.

A carta pediu que nenhuma punição fosse imposta em atletas que protestassem no pódio no Japão e exigiu uma revisão da Regra 50 após a Olimpíada de Inverno de Pequim do próximo ano.

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