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Olimpíada 2016

Papa Massata Diack nega propina para escolher Rio como sede

16 out 2017 - 13h41
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Acusado de receber a propina para a escolha da cidade do Ria de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, Papa Massata Diack concedeu uma entrevista ao jornal New York Times. Negando sua participação no esquema que colocou o ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Arthur Nuzman, na prisão, o senegalês avalia estar sofrendo de racismo.

"Essa é a maior mentira no mundo dos esportes. Posso aceitar ser acusado, mas nunca provaram que eu sou o marco zero. Dizer que Lamine Diack e seu filho estão atacando atletas, e depois de 22 meses de investigação não ter as provas? Apenas artigos na imprensa. Se tivessem provas, teriam ido para o tribunal. É um problema para um homem negro, uma pessoa africana, ter tanto sucesso depois de 16 anos de administração na Federação Internacional de Atletismo (IAAF)", declarou.

Acusado de receber dois milhões de dólares para escolher Rio de Janeiro como sede, Diack teria repassado parte deste valor para Frankie Fredericks, outro dirigente que possuía o direito de voto para a escolha da cidade. Segundos dados revelados Polícia Federal do Rio de Janeiro, os pagamentos desta quantia ocorreram em datas próximas do dia da escolha da sede.

Em sua defesa, Diack afirma que seu pai e Fredericks acabaram nem mesmo votando na sede brasileira, Lamine Diack e Frankie Fredericks votaram em Tóquio. "Quem diz o contrário está mentindo, e estou pronto para ser intimado pelo meu pai", afirmou.

Além disso, Papa Diack afirma que este dinheiro enviado por dirigentes brasileiros não passa de uma infeliz coincidência, já que a quantia servia para patrocínio de um evento organizado pela IAAF. Lamine Diack, pai de Papa Massata, está preso na França e é acusado de participar também do escândalo de doping envolvendo atletas russos.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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