Sochi 2014: autoridades procuram mulheres-bomba que ameaçam Jogos de Inverno
As autoridades da Rússia estão atrás de três possíveis mulheres-bomba, sendo que uma delas poderia estar na cidade de Sochi, palco da Olimpíada de Inverno de 2014, em fevereiro.
Panfletos policiais foram vistos em um hotel no centro de Sochi nesta quinta-feira, nos quais havia o aviso de potenciais mulheres-bomba. Um comunicado das forças de segurança diz que uma delas, Ruzanna Ibragimova, 22 anos, viúva de um extremista islâmico, estava na cidade.
As autoridades locais vêm apontando as chamadas “viúvas negras” de atentados anteriores à bomba no país. Os responsáveis pela segurança em Sochi não foram encontrados para comentar o assunto nesta terça-feira. O balneário que receberá as competições é visto como um alvo em potencial de ataques terroristas.
A cidade de Volgogrado, no sudoeste da Rússia, foi atingida por dois atentados suicidas à bomba em dezembro, matando 34 pessoas. Um grupo extremista islâmico do Daguestão publicou um vídeo no último domingo (19) assumindo a autoria dos atentados e ameaçando atacar também a Olimpíada em Sochi, localizada a 500 km de Volgogrado.
O material policial distribuído no hotel incluía também fotos de duas mulheres vestindo véus característico do hijab, o código de leis referentes ao vestuário islâmico: Zaira Aliyeva, 26 anos, e Dzhannet Tsakhayeva, 34 anos.
As duas teriam sido treinadas para “perpetrar atos de terrorismo”, segundo o material. As duas estariam “entre nós”, de acordo com os policiais de Sochi, mas sem a informação se elas se encontram na cidade-sede da Olimpíada de Inverno. Nenhuma informação adicional sobre as mulheres foi divulgada.
O termo “viúva negra” diz respeito à crença de que mulheres com histórico de participação em ataques terroristas anteriores na Rússia cometeram seus atos para vingar maridos ou outros parentes.
Os Jogos Olímpicos de Inverno serão disputados entre 7 e 23 de fevereiro. A Rússia vem montando uma intensa operação de segurança na cidade, mas existe a preocupação de que alvos fora das sedes olímpicas – como ônibus e instalações turísticas – estejam vulneráveis a ataques.
As tropas do país também têm combatido militantes no Daguestão, uma das repúblicas predominantemente muçulmanas na região do Cáucaso e centro da insurgência islâmica que tem criado problemas.
Na terça-feira, as tropas matara o líder de um dos grupos, segundo a porta-voz do ministério do Interior, Fatina Ubaidatova. Segundo ela, o militante – identificado como Eldar Magatov – pretendia atacar forças de segurança, além de extorquis empresários.
As tropas a serviço do ministério do Interior no Daguestão ainda desativaram um suposto explosivo próximo de uma área residencial.