PUBLICIDADE

Jogadoras norte-americanas estão "irritadas, exaustas" após denúncias de abuso, diz Megan Rapinoe

Investigação independente divulgada na segunda-feira revelou que o abuso de jogadoras no futebol profissional feminino nos EUA é sistêmico

6 out 2022 - 17h50
(atualizado às 18h05)
Compartilhar
Exibir comentários
"É muito triste dizer isso, mas de certa forma acho que estamos acostumadas a ter que lidar com uma coisa ou outra"
"É muito triste dizer isso, mas de certa forma acho que estamos acostumadas a ter que lidar com uma coisa ou outra"
Foto: Reuters

A estrela norte-americana do futebol feminino Megan Rapinoe disse nesta quinta-feira que ela e suas colegas da seleção dos Estados Unidos estão irritadas e exaustas após um relatório contundente sobre alegações de abuso e má conduta sexual na Liga Nacional de Futebol Feminino (NWSL).

A investigação independente divulgada na segunda-feira revelou que o abuso de jogadoras no futebol profissional feminino nos Estados Unidos é sistêmico e que a NWSL e o órgão regulador do futebol norte-americano falharam em proteger adequadamente as jogadoras. 

"É muito triste dizer isso, mas de certa forma acho que estamos acostumadas a ter que lidar com uma coisa ou outra", disse Rapinoe antes do amistoso de sexta-feira contra a Inglaterra no Estádio de Wembley.

"Isso parece nos aproximar e definitivamente unificar a equipe e é apenas um desses ambientes íntimos em que estamos, e no qual estamos acostumadas a enfrentar muito, e a jogar nesse tipo de condição".

A atleta duas vezes vencedora da Copa do Mundo também disse sentir que era imperativo ver os responsáveis serem punidos, e destacou o proprietário do Portland Thorns, Merritt Paulson, e o proprietário do Chicago Red Stars, Arnim Whisler, que foram nomeados no relatório.

Após a divulgação do relatório, Paulson se retirou da tomada de decisões da equipe enquanto Whisler foi demitido como presidente, mas também não indicou planos de vender a equipe.

"Não acho que Merritt Paulson esteja em condições de ser o dono desse time. Não acho que Arnim esteja em condições de ser o dono do Chicago", disse Rapinoe.

"Precisamos ver essas pessoas indo embora. Então, as pessoas que estão em condições e que vão cuidar do jogo, respeitar o jogo, ajudar o jogo a crescer, e da melhor maneira possível, podem substituí-los."

Embora Rapinoe tenha reconhecido que tem sido um período difícil para os membros da seleção norte-americana, ela estava grata por estar junto com suas companheiras de equipe e ansiosa pela distração bem-vinda de estar em campo.

"Estamos com raiva, exaustas, juntas e unidas, então é tudo isso. Mas é bom estar aqui juntas, como um time", disse Rapinoe.

"Ser capaz de estar em campo para ter não apenas um técnico, mas uma equipe inteira que nos apoia totalmente dentro e fora de campo, com a qual podemos entrar em campo e fazer nosso trabalho, é algo que acho que é um porto seguro para todas nós."

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade