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Caso racismo: polícia intimará suplente do conselho gremista

Após depoimentos, torcedores identificaram mais pessoas que devem ser convocadas para prestar depoimento sobre as injúrias raciais contra Aranha

3 set 2014 - 17h45
(atualizado às 18h07)
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Alemão diz nunca ter visto racismo na torcida do Grêmio
Alemão diz nunca ter visto racismo na torcida do Grêmio
Foto: Daniel Fávero / Terra

Mais dois torcedores foram identificados pela polícia com base em três depoimentos prestados nesta quarta-feira por investigados no caso de racismo contra o goleiro Aranha, do Santos, no jogo contra o Grêmio, em Porto Alegre, na semana passada. Novas pessoas foram identificadas, entre elas Juliano Franczak, conhecido como Gaúcho da Geral, que é suplente do conselho deliberativo do tricolor gaúcho, sendo que cinco já foram ouvidos desde terça.

Juliano foi identificado por Eder Braga, uma das pessoas vistas nas imagens, que prestou depoimento nesta quarta. De acordo com o inspetor Lindomar Souza em depoimento, Braga identificou duas pessoas, sendo que uma delas ele não sabia o nome.

Com base no depoimento, a polícia intimará Gaúcho da Geral para prestar explicações. Com ele, chega a nove o número de pessoas intimadas pela polícia na condição de investigadas. Braga não quis dar declarações à imprensa, mas à polícia disse que não cometeu injúrias racistas, apenas pressionou Aranha durante o jogo porque estava segurando a partida. Entretanto, ele disse que ouviu pessoas cometendo injúrias racistas contra o atleta.

Juliano Franczak, o Gaúcho da Geral, é suplente do conselheiro deliberativo do Grêmio, eleito em 2013. Ele esteve envolvido em episódio no qual foi retirado a força pela polícia de uma partida.

Mais cedo foi ouvido um dos líderes da torcida organizada Geral do Grêmio, Rodrigo Rysdyk, conhecido como Alemão. Ao deixar a delegacia ele afirmou que nunca viu atitudes racistas vindas da torcida em jogos do Grêmio, mas não quis dar mais declarações sobre o teor do depoimento.

Segundo o inspetor Lindomar Souza, Alemão falou por cerca de uma hora e reconheceu algumas pessoas que aparecem nas imagens fornecidas pelo Grêmio. "Ele colaborou com as investigações, disse que estava lá, mas que não participa disso (atos de injúria)".

Líder da Geral gremista evita imprensa e nega racismo:

Entre os que prestaram depoimento na terça estava Rodrigo Rychter, que foi detido por seguranças da Arena do Grêmio no dia do jogo ao tentar invadir a zona mista, local onde são realizadas as entrevistas antes e depois do jogo.

O último a prestar depoimento nesta quarta foi Fernando Moreira Ascal, que deixou a delegacia sem falar nada. Após entrar no carro, uma pessoa negra que o acompanhava disse apenas: "a Geral não é racista, olha a minha cor". Segundo o inspetor Souza, o intimado "foi bem objetivo em seu depoimento, negou tudo e não identificou ninguém”, afirmou. 

Fonte: Terra
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