Juiz de ética da Fifa se diz surpreso com críticas a relatório sobre Copas de 2018 e 2022
O juiz de ética da Fifa, Hans-Joachim Eckert, disse à Reuters estar surpreso com as críticas públicas de seu colega e investigador Michael Garcia em função do relatório que concluiu que o processo de escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 não terá que ser refeito.
Na quinta-feira, Eckert divulgou uma declaração de 42 páginas sobre o polêmico processo de escolha das sedes, que concedeu os torneios a Rússia e Catar, respectivamente, com base nas descobertas do relatório compilado por Garcia durante uma investigação de 18 meses.
Três horas mais tarde, Garcia publicou seu próprio comunicado dizendo que o documento da Fifa contém “diversas representações dos fatos materialmente incompletas e equivocadas”, acrescentando que irá recorrer da decisão.
“Normalmente, primeiro você conversa em particular um com o outro se não gosta de algo”, disse Eckert à Reuters nesta sexta-feira, afirmando ainda que não conseguiu entrar em contato com Garcia.
“Tenho tentado contactá-lo”, disse.
Eckert confirmou que Garcia não recebeu uma cópia de sua declaração antes de torná-la pública.
“Pode ser um mal entendido, no fim das contas”, afirmou.