Com sucesso na Turquia, Roberto Carlos projeta êxito como treinador
Tricampeão brasileiro e da Liga dos Campeões da Europa. Peça fundamental na conquista da Copa do Mundo em 2002. Estes são apenas os principais momentos da gloriosa carreira do ex-lateral esquerdo Roberto Carlos como jogador de futebol. Agora treinador do Sivasspor, terceiro colocado do Campeonato Turco, o brasileiro segue seus primeiros passos à frente de um banco de reservas. E não bastasse o sucesso inicial, ocupando, inclusive, posições superiores à dos tradicionais Galatasaray e Besiktas, o brasileiro projeta êxitos semelhantes aos dos tempos em que vestia calções e chuteira.
Em entrevista ao site da Fifa, Roberto disse ser possível conquistar as mesmas glórias que teve nos tempos de jogador. "Acho que sim. Porque eu não sou aquele treinador chato. Sou um cara que procura fazer amizade com o jogador, que se identifica com eles, que trabalha bastante, que é respeitado", afirmou, antes de revelar que conta histórias de seus tempos de Real Madrid para se aproximar dos jogadores turcos. "No começo eles ficavam surpresos ao me verem tão próximos. Mas pouco a pouco a gente foi tirando isso, é normal", disse.
"Eu tento conversar muito, contar histórias do que vivi no Real Madrid, na Seleção Brasileira, da época em que convivi com jogadores como Zidane, Beckham, Raúl, Ronaldo, Romário. Procuro lembrar de grandes momentos, para que eles possam se identificar e acreditar que podem chegar lá", acrescentou o comandante, que ainda declarou que, assim como nos tempos de jogador, é adepto do estilo de jogo ofensivo.
"Continuo igual (risos). Eu sou brasileiro, e a torcida que vai ao estádio quer ver gols. No Sivas eu tenho usado o sistema 4-2-3-1, sendo que, em casa, mudo para o 4-1-4-1, sempre ofensivo, com cinco a sete jogadores atacando de uma vez. Nunca serei um técnico defensivo", prometeu Roberto Carlos, que iniciou sua carreira nesta nova área em 2011. Inicialmente ocupando o cargo de auxiliar técnico do Anzhi Makhachkala, da Rússia, ele foi "promovido" para a coordenaria técnica do clube no ano passado, após se aposentar, e, nesta temporada, começou a treinar o Sivasspor, da Turquia.
Como não poderia deixar de ser, Roberto ainda comentou sobre a Seleção Brasileira. Com uma Copa do Mundo (2002), uma Copa das Confederações (1997) e duas Copas América (1997 e 1999) no currículo, o ex-lateral esquerdo apontou quem é o seu sucessor perfeito não só vestindo a camisa verde e amarela, como também a blanca do Real Madrid.
"O Marcelo é líder tanto no Real como na Seleção e vem demonstrando um alto nível nos dois. É um jogador que evoluiu muito rápido. Na lateral esquerda, a Seleção está muito bem servida, seja com ele, com o Maxwell ou com o Filipe Luís. São três ótimos jogadores, mas é claro que o Marcelo leva vantagem por estar há tantos anos no Real Madrid. Ele mostra que está confiante, é um líder dentro de campo e vai estar sempre em uma seleção com os 11 melhores do mundo", encerrou, rasgando elogios ao seu amigo pessoal.