Sorteio da Copa do Mundo: grupo L pode ser considerado o "grupo da morte"
Além de duas potências europeias, a chave ainda conta com duas forças continentais
A Fifa realizou o sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2026. A maioria das chaves ficou bem niveladas, mas o Grupo L foi o que mais saltou aos olhos e o que pode ser considerado o "grupo da morte" do mundial até agora.
A chave conta com a Inglaterra, Croácia, Gana e Panamá. As duas seleções europeias têm uma longa história de confrontos equilibrados entre as duas nações, tendo disputado nove jogos desde 1996.
Os ingleses levam uma vantagem apertada sobre os croatas, com cinco vitórias, enquanto a semifinalista das últimas duas Copas do Mundo venceu três vezes. O último duelo entre os dois países foi na Eurocopa de 2021, quando os Three Lions venceram por 1 a 0, em Wembley, com gol de Raheem Sterling.
Após a eliminação nas quartas de final na Copa de 2022, a Inglaterra fez um ciclo forte, chegando à final da última Euro, mas perdendo para a Espanha, o que culminou na saída de Gareth Southgate. Depois de um período sendo comandada pelo interino Lee Carsley, Thomas Tuchel foi contratado e fez os Three Lions fazerem uma eliminatória segura e serem a primeira seleção europeia a se classificar para o Mundial com três rodadas de antecedência.
Por outro lado, a Croácia cresceu no ciclo depois de ter ficado na terceira colocação na última Copa. Os croatas foram eliminados na fase de grupos na última Euro, mas fizeram boa campanha na Liga das Nações e também nas eliminatórias.
Gana pode surpreender após ciclo entre altos e baixos
Gana viveu um ciclo tumultuado e não se classificou para a Copa de Nações Africanas, mas fez uma boa campanha nas eliminatórias. Os Black Stars ficaram com a vaga direta do Grupo I, tendo conquistado 25 pontos.
Entre as principais estrelas do time estão o meia Mohamed Kudus, do Tottenham, a válvula criativa da equipe. Além dele, Jordan Ayew, do Leicester, foi o artilheiro da seleção durante as eliminatórias. Fora isso, Antoine Semenyo, Salisu e Iñaki Williams foram importantes durante o ciclo.
Apesar da queda recente, Gana se recuperou e tem bons jogadores que atuam nas principais ligas europeias. A seleção comandada por Otto Addo é uma das principais forças do futebol africano e pode ser um adversário difícil para Inglaterra e Croácia.
Panamá corre por fora e pode surpreender
O Panamá foi o país que mais aproveitou a ausência de Estados Unidos, México e Canadá das Eliminatórias da Concacaf para fazer uma qualificatória equilibrada. Os panamenhos ficaram com a vaga direta do Grupo A depois de terem travado uma disputa direta com o Suriname, mas se classificaram de maneira invicta.
Além disso, o ciclo teve um outro ponto alto: a vitória por 2 a 1 sobre os Estados Unidos na Copa das Nações da Concacaf. Uma derrota que gerou muitas críticas ao trabalho de Mauricio Pochettino na seleção norte-americana.
O Panamá é comandado pelo espanhol/dinamarquês Thomas Christiansen desde o último ciclo. A seleção é uma mistura entre jovens e veteranos. A maioria dos jogadores atua fora do país, entre as americanas e em ligas pequenas na Europa. Os principais nomes dos panamenhos são o defensor Murillo, do Olympique de Marselha. Além do zagueiro Carlos Harvey, do Minnesota United, e do meia Alberto Carrasquilla, que atua no México e já teve seu nome vinculado a clubes brasileiros. Os panamenhos cresceram neste ciclo; no papel, podem não dificultar para os outros países, mas é uma seleção que pode vir a dar trabalho.
