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Liga dos Campeões

Juve segura empate, elimina Monaco e vai às semifinais da Champions

22 abr 2015 - 18h12
(atualizado às 18h17)
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Na base da eficiência de seu sistema defensivo, a Juventus segurou o empate sem gols com o Monaco fora de casa, nesta quarta-feira na partida de volta das quartas de final da Liga dos Campeões, e garantiu a classificação às semifinais da competição continental.

O resultado foi suficiente para colocar a Juventus nas semifinais da 'Champions' pela primeira vez desde 2002-2003. Na primeira partida, em Turim, os italianos haviam vencido por 1 a 0.

A um passo de decidir a final da competição continental, a Juve consegue assim recuperar o orgulho italiano, ferido há anos pelos problemas financeiros dos clubes do país, que não conseguiam repetir os bons resultados históricos na competição continental.

"A Juve espera isso (chegar às semifinais) há 12 anos, não imaginava esperar tanto! Foi muito difícil, sofremos muito, temos que comemorar, mas sabendo que ainda não conquistamos nada. Sabíamos que era uma grande oportunidade de recuperar a grande história da Juventus", declarou após a partida um emocionado Gianluigi Buffon, goleiro e capitão do time de Turim.

Na próxima fase, porém, a tricampeã italiana não poderá fugir de uma pedreira certa, já que Barcelona e Bayern de Munique se classificaram às semifinais na terça-feira ao eliminar PSG e Porto, enquanto o Real Madrid garantiu a vaga nesta quarta ao derrotar o rival Atlético por 1 a 0.

A 'Velha Senhora' terá que passar por um desses gigantes nas semifinais se quiser chegar à grande decisão.

O sorteio dos confrontos das semifinais da Liga dos Campeões será realizado nesta sexta-feira em Nyon, na Suíça.

As duas equipes entraram em campo com poucas surpresas. Jogando com a vantagem de ter vencido a primeira partida em Turim (1-0), o técnico Massimiliano Allegri optou pelo esquema 3-5-2, com seus três ótimos zagueiros, Chiellini, Bonucci e Barzagli, formando uma muralha defensiva.

A armação de jogadas ficou por conta dos meias Andrea Pirlo, Claudio Marchisio e o chileno Arturo Vidal. No ataque, o artilheiro argentino Carlos Tévez e o espanhol Álvaro Morata.

Já o Monaco, com a necessidade de marcar pelo menos um gol para levar a decisão da vaga nas semifinais à prorrogação, não mudou o esquema, apenas algumas peças.

Sempre apostando no veloz 4-3-3, Leonardo Jardim colocou o zagueiro italiano Andrea Raggi para fazer dupla com o tunisiano Aymen Abdennour. O brasileiro Fabinho fez a lateral-direita.

Na frente, o tridente ofensivo contou com os habituais Ferreira-Carrasco e Anthony Martial, mas o marroquino Nabil Dirar saiu para a entrada do português Bernardo Silva.

No primeiro tempo, as mexidas de Jardim deram certo. A velocidade do ataque do Monaco conseguiu acuar a Juventus na defesa e criou boas chances de abrir o placar.

Aos 6 minutos, o meia Geoffrey Kondogbia acertou um forte voleio de canhota que raspou o ângulo direito do gol italiano.

Aos 15, Silva tabelou com o compatriota João Moutinho, invadiu a área da Juve e cruzou com perigo de dentro da pequena área. Barzagli apareceu para tirar, mas quase marcou contra a própria meta.

Aos 20, Kondogbia, melhor jogador em campo, tentou a sorte de longe mais um vez, mas Buffon pegou a bomba com segurança.

Como esperado, o Monaco não conseguiu manter a pressão inicial por muito tempo e a Juventus aproveitou a brecha para dar o ar da graça no ataque.

Aos 27, Pirlo lançou o suíço Stephan Lichtsteiner dentro dá área, mas o goleiro Danijel Subotic salvou o Monaco ao pular na bola antes que o compatriota pudesse finalizar.

No último lance da primeira etapa, Tevez recebeu ótimo passe de Morata e arriscou da entrada da área. A bola raspou a trave esquerda do goleiro da equipe monegasca.

Em busca do gol salvador, Leonardo Jardim não titubeou. No intervalo, tirou o veterano meia Jeremy Toulalan para a entrada de um centro-avante, o búlgaro Dimitar Berbatov.

Com 10 minutos em campo, o búlgaro teve grande chance de abrir o placar, depois da zaga da Juventus se atrapalhar ao tentar sair jogando. A bola ia sobrando para Berbatov, mas Buffon se jogou aos pés do atacante e salvou.

A postura extremamente ofensiva do Monaco criou possibilidades claras de contra-ataques para a Juventus.

Na melhor delas, aos 17, Pirlo lançou Morata na esquerda, que avançou sozinho em direção ao gol francês, mas demorou muito para tocar para o companheiro Tevez, que aparecia livre na entrada da área. Abdnennour se recuperou e roubou a bola do espanhol na boa.

O tempo foi passando e o Monaco, mesmo com quatro atacantes, foi penando para assustar o gol de Buffon, protegido por um eficiente sistema defensível que faz da Juve a melhor defesa da Europa na temporada (40 jogos oficiais e apenas 20 gols sofridos).

Para coroar a bela atuação, Pirlo, maestro do time de Turim, ainda teve uma última chance de comemorar a tão esperada vaga nas semifinais com um gol de falta, sua especialidade, no último lance do jogo. A bola, porém, caprichosamente raspou o travessão monegasco.

Já o time do Principado, que claramente possui menos talentos individuais que os grande clubes europeus, dá adeus à Champions de cabeça erguida, depois de chegar às quartas de final desacreditado e visto como o 'azarão' da competição.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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