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Gilmar admite momento delicado na Seleção e pede ajuda

4 ago 2014 - 21h56
(atualizado às 22h23)
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Na tentativa de iniciar uma reformulação no futebol nacional após a vexatória eliminação para a Alemanha, nas semifinais da Copa do Mundo, a CBF anunciou Gilmar Rinaldi como o novo coordenador da Seleção Brasileira. O ex-goleiro, e agente de atletas, não demorou a ouvir críticas com relação à sua capacidade para o cargo, mas ao menos se mostrou aberto a ajudas externas. Nesta segunda-feira, por exemplo, afirmou que o trabalho será bem feito apenas se os seus amigos dentro do futebol, como os seus ex-companheiros quando ainda atuava como jogador, contribuírem.

"A responsabilidade é muito grande. Como o futebol é meu habitat natural, tenho conhecimento suficiente que vai ajudar a desenvolver o meu trabalho. Tenho a humildade de saber que meu trabalho vai dar certo se eu contar com a ajuda dos meus amigos. Estou abrindo a porta para que todos estejam nesse trabalho. Os ex-jogadores terão também uma responsabilidade muito grande a partir de agora", disse Gilmar em entrevista ao programa ao Sportv.

Como já havia explicado em outras ocasiões, o novo coordenador da Seleção Brasileira defendeu o nome de Dunga por causa do trabalho feito pelo treinador antes da Copa do Mundo de 2010. Gilmar Rinaldi tratou a eliminação contra a Holanda por causa de uma fatalidade, mas voltou a se lembrar dos resultados alcançados pelo gaúcho durante a preparação para o Mundial. De acordo com a nova filosofia da CBF, a prioridade é resgatar o orgulho pelo time nacional.

"O momento de agora é muito delicado. O povo brasileiro está muito triste e eu também. Justamente por esse momento, chegamos à conclusão de que era o momento de o Dunga retomar o trabalho que vinha sendo feito. É a imagem da retomada, de alguém que passou por um momento muito difícil e soube aproveitar isso. Há um pessimismo muito grande e temos a obrigação de fazer com que todo mundo acredite na Seleção. Há apenas uma solução neste momento: trabalho e mais trabalho", acrescentou o novo coordenador.

Se após a eliminação era difícil admitir que o futebol brasileiro está atrasado em vários aspectos com relação a outras escolas pelo mundo, o discurso é diferente neste momento. Ao projetar o seu trabalho à frente da Seleção, Gilmar Rinaldi garantiu que vai conversar com treinadores espalhados pelo mundo para adquirir conhecimentos que podem ser implantados nesta nova filosofia da CBF. O ex-jogador e empresário acredita que o atual cenário pede humildade por parte daqueles que comandam a principal entidade do futebol nacional.

"O momento é de reorganizar algumas coisas, voltar às origens, buscar informações, aprender o que está sendo feito no exterior, entender que isso pode ser transportado ao nosso futebol, com a diferença de nossa cultura, de nosso estilo. Temos que ter a humildade de ir buscar conhecimento. O momento é delicado e por isso muita gente tem que pensar. Um dos treinadores que iremos ouvir, com certeza, é o Guus Hiddink, que é muito chato, que cobra muito. Vamos aprender muito com eles. Temos que entender o que está acontecendo lá fora", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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