Luxemburgo critica futebol brasileiro para explicar empate
A primeira partida da semifinal do Campeonato Estadual entre Vasco e Flamengo terminou empatada por 0 a 0, e o técnico Vanderlei Luxemburgo decidiu atacar o futebol brasileiro para tentar explicar a incompetência técnica das equipes neste domingo. Na opinião dele, o resultado do clássico foi mais uma demonstração do enfraquecimento do futebol no País.
“O futebol brasileiro está pobre, temos jogos com qualidade ruim e não é de hoje. A parte técnica está ficando de lado”, avaliou Luxemburgo.
Para o próximo jogo, o Flamengo entra em campo com a vantagem do empate para chegar à final do Campeonato Estadual. Mesmo assim, o treinador rubro-negro faz um alerta quanto à arbitragem.
“Vamos entrar em campo com uma vantagem e se terminar o jogo com ela, ótimo, mas é muito pouco. Vai ter um jogo no aspecto emocional. O Vasco entra em campo desclassificado e nós, não. Tenho que preparar bem a equipe, mas sei que vai ser um jogo totalmente diferente, com mais futebol, mais leve, mas descontraída, sem pressionar o árbitro”, frisou o técnico do Flamengo.
O técnico Doriva evitou criticar a atuação do árbitro João Batista de Arruda, mas considerou que o lance do Jonas em cima de Gilberto, ainda no primeiro tempo, poderia ter mudado o rumo da partida, caso o atleta do Flamengo tivesse levado o cartão vermelho.
“Houve algumas jogadas ríspidas e isso é comum em jogos desta magnitude. Seria diferente o jogo se o Jonas tivesse sido expulso, porque tinha 20 minutos de partida, o que nos daria uma vantagem numérica. Isso não quer dizer que venceríamos, mas daria uma vantagem”, ressaltou o técnico do Vasco.
Dirigentes “duelam” fora de campo
Enquanto os treinadores foram mais comedidos nas críticas, os dirigentes partiram para o ataque. O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo, disse que gostaria de encontrar com João Batista de Arruda. “Queria muito ficar frente a frente com ele”. O vice-presidente de futebol do Vasco, José Luiz Moreira, ironizou o rival.
“Ele tinha que ficar cara a cara com o Gilberto. Aliás, olhar a cara e o peito do nosso atleta”, disse o dirigente, referindo-se ao corte abaixo do olho esquerdo e a marca da trava da chuteira do volante Jonas, que ficou estampada no peito do camisa 9 do Vasco.
