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Terra na Copa

Jornal italiano dá "título mundial de atrasos" à Copa 2014

13 mai 2014 - 08h34
(atualizado às 08h35)
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<p>Estádio de São Paulo (foto), Curitiba, Natal e Cuiabá foram apontados como problemas</p>
Estádio de São Paulo (foto), Curitiba, Natal e Cuiabá foram apontados como problemas
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

A menos de um mês do início da Copa do Mundo de 2014, três estádios ainda estão em construção. Diante disso, o jornal italiano Corriere della Sera bateu forte na organização do torneio e deu ao Brasil o “título mundial de atrasos”.

Em matéria publicada nesta terça-feira, a publicação destaca a abertura do estádio do Corinthians, em São Paulo, mesmo ainda em construção. O local já recebeu dois eventos de inauguração, com operários e com ídolos do clube, mas ainda não foi completamente construído.

“O novo estádio em São Paulo, onde será jogada a abertura da Copa do Mundo, já foi aberto três vezes. Em uma delas, a presidente Dilma Rousseff tirou um ‘selfie’ com os operários. Pena que o trabalho não está terminado: falta uma parte da cobertura, uma tribuna e toda a rede de telecomunicações”, destaca.

O jornal italiano ainda destaca os atrasos na Arena da Baixada, em Curitiba, lembrando que “metade dos assentos ainda não foram instalados”. “Trata-se do estádio sobre o qual a Fifa lançou seu mais grave ultimato, ameaçando mudar os jogos para outro lugar”, lembrou a matéria desta terça-feira.

As cidades de Cuiabá e Natal também são citadas como palcos de problemas com o cronograma das obras. De quebra, ainda cita o clima de “incerteza” e “falta de entusiasmo”, “algo difícil de se imaginar quando a Copa do Mundo foi atribuída à casa indiscutível do futebol”. Segundo eles, a organização não conseguiu cumprir a tempo as promessas de estrutura para o torneio, o que deve causar problemas.

“A controvérsia sobre os atrasos são amplificados pelos números a respeito dos custos inflacionados pela longa lista de promessas não cumpridas em infraestrutura. Isso reforça a ideia política e clientelista da ampliação do torneio a um grande número de cidades. Se o Brasil queria jogar duas Copas do Mundo - uma em campo, e outra como uma vitrine de sua modernização - agora parece claro que a última já está perdida”, registra o texto.

Por fim, a matéria do correspondente do jornal no Brasil lembra as críticas que o torneio recebe de movimentos sociais, impactando diretamente nas tratativas da presidente Dilma Rousseff em busca da reeleição. Segundo o jornal, assim como aconteceu durante a Copa das Confederações, a Copa do Mundo deve ser palco de manifestações populares.

“Os movimentos sociais estão em pé de guerra, pois sabem que o torneio pode dar-lhes força e visibilidade - como foi o caso no ano passado, durante a Copa das Confederações”, registra a matéria. “ Até mesmo os funcionários do transporte público e os professores à procura de aumentos salariais tentam tirar proveito da situação”, completou.

Fonte: Terra
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