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Com ou sem título, efeito Ancelotti é para uma única Copa

Ao francês L'Équipe, treinador da Seleção diz que não vê obrigação em vencer Mundial e se derrete pelo Real Madrid. Já entendeu, né?!

15 set 2025 - 16h49
(atualizado às 16h58)
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Foto: Rafael Ribeiro / CBF - Legenda: Carlo Ancelotti tem um ano de contrato com a CBF, por opção dele / Jogada10

Menos de um ano separa a Seleção Brasileira da Copa do Mundo de 2026, e Carlo Ancelotti não vê como obrigação a conquista do troféu, que não desembarca em solo nacional desde 2002. Em entrevista ao L'Équipe, o treinador foi claro: "A obrigação é tentar (a conquista do Mundial), ninguém tem obrigação de ganhar. Quem no futebol tem obrigação de ganhar?".

De duas, uma: ou a afirmação de Carleto é uma tentativa (precipitada, que fique claro) de tirar a pressão sobre o Brasil ou então ainda não entendeu que, sim, foi contratado para findar uma seca que em 2026 chegará aos mesmos 24 anos entre as conquistas do tri e do tetra pela Canarinho.

"Assinei por um ano porque acho que foi a coisa certa a fazer. Mas estou muito feliz aqui. Posso ficar por mais dois anos. Ou mais quatro anos", declarou ele, ao jornal francês.

Quisera eu acreditar, mas não consigo. Dificilmente Ancelotti ficará na Seleção Brasileira para um ciclo inteiro. Ainda que logre êxito na Copa do Canadá, EUA e México. Com (ou sem) título, não aposto uma ficha sequer na continuidade para o Mundial de 2030.

Supervitorioso como treinador de clubes, Carleto permitiu se aventurar na Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo. E a CBF o queria mais que tudo, então por que recusar? Todavia, não acredito que ele tome gosto por um ciclo completo.

Até porque foi escolha dele assinar por um ano. E como ainda não provou o amargor das críticas (o que viria a ocorrer somente em caso de insucesso na Copa), é normal dizer que está se sentindo feliz no cargo. O problema é que sentimentos passam. E a felicidade de hoje em nada garante a continuidade no pós-2026.

Fora que a representatividade de Ancelotti o blinda de qualquer dura crítica nos amistosos até o Mundial. Sejamos realistas: trata-se do quarto e último nome à frente do Brasil neste ciclo que teve Ramon Menezes, Fernando Diniz e Dorival Júnior. Se houver críticas, jamais serão na mesma medida de seus antecessores.

Antes de assumir a Seleção Brasileira, aliás, Ancelotti comentou que encerraria a carreira como técnico na Espanha: "Vou me aposentar no Real Madrid. Minha carreira vai se encerrar no Real Madrid. Enquanto o clube me quiser, estarei disponível para ele", afirmou, em maio de 2024, ao jornal italiano "La Repubblica".

Portanto, vejo como decepcionante a entrevista do treinador ao "L'Équipe". Ao colocar o Real Madrid como única opção após a Seleção Brasileira, revela questões sintomáticas. Por mais que fosse perguntado, o papel do Mister seria, no mínimo, desconversar.

Como tantas vezes ele fez enquanto técnico dos merengues e convivia com perguntas sobre assumir o Brasil. Por que não manteve o mesmo senso?

Ancelotti já mostra, sim, um sinal de que não resistirá a um futuro convite dos espanhóis. E convenhamos. Com ou sem título do Brasil, o Real Madrid (que não vai chegar a lugar algum com Xabi Alonso) vai procurar pelo seu ex-treinador, que estará de braços abertos para o reencontro.

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Jogada10
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