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Por que o Brasileirão não usa a tecnologia que validou gol do Flamengo no Intercontinental ?

Sistema utilizado no torneio da Fifa torna mais rápida a análise de lances em que há dúvida se a bola cruzou a linha

10 dez 2025 - 16h16
(atualizado às 16h34)
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Tecnologia de linha do gol foi utilizada para validar gol do Flamengo na Copa Intercontinental.
Tecnologia de linha do gol foi utilizada para validar gol do Flamengo na Copa Intercontinental.
Foto: Reprodução/CazeTV / Estadão

O segundo gol do Flamengo na vitória por 2 a 1 sobre o Cruz Azul, do México, pela Copa Intercontinental, foi validado rapidamente, mesmo se tratando de um lance em que se fazia necessário conferir se a bola cruzou ou não a linha do gol. A velocidade da validação se deu em razão da tecnologia usada no torneio: um sistema que se utiliza de um conjunto de câmeras para determinar a posição da bola e envia uma mensagem ao relógio do árbitro dizendo se a bola atravessou a linha ou não.

Resolução para evitar polêmicas no futebol brasileiro, esse tipo de tecnologia ainda não foi aplicado ao Brasileirão. O motivo: economia e pouca 'demanda'.

Um dos sistemas aprovados pela Fifa é o da empresa alemã Goal Control, que divulgou publicamente seus preços. Para se ter uma ideia, o custo de instalação de uma tecnologia do tipo em apenas um estádio chega a US$ 260 mil (cerca de R$ 1,47 milhão em conversão direta). Instalar em todas as sedes do campeonato superaria os R$ 26 milhões.

A implementação, no entanto, não seria a única despesa, já que também teriam que ser incluídos serviços de operação. De acordo com a empresa alemã, estes chegam a US$ 3,9 mil (aproximados R$ 22 mil) por jogo. Multiplique o valor pelos 380 jogos disputados somente no Brasileirão e o total é de US$ 1,482 milhão (R$ 8,42 milhões).

O debate sobre os custos da tecnologia não se restringem somente ao Campeonato Brasileiro e ao jogo entre Sport e Fortaleza. A Premier League viveu um dilema quando implementou a linha do gol, na qual um conjunto de câmeras identifica se a bola cruzou completamente a meta, em seus jogos, em 2013.

Naquela época, cada clube teve que pagar 15 mil libras (R$ 113 mil na cotação atual, sem contar ajustes de variação) à Fifa para a instalação do sistema e ter o selo de qualidade da entidade. Para cada estádio, o total chegava a 250 mil libras (R$ 1,89 milhão), de acordo com informações do veículo britânico Daily Mail à época.

Esse problema também restringe o Brasil. E não é toda a Europa que é adepta da tecnologia de linha do gol ou do chip na bola, utilizado no Brasil pela última vez na Copa do Mundo de 2014 e vetado pelos mesmos problemas financeiros. O recurso também não foi implementado em La Liga, o Campeonato Espanhol. O presidente do torneio, Javier Tebas se opõe, e novamente, pelos altos custos.

Brazuca, a bola da Copa do Mundo de 2014, continha um chip na bola para auxiliar os árbitros, mas tecnologia nunca mais foi utilizada.

Fontes da competição defenderam que o VAR em si já cumpre esse papel. "Desde que foi implementado, houve quase 3.000 partidas (contando primeira e segunda divisões). Todas as situações que exigiram tecnologia para ajudar a verificar se a bola entrou ou não foram resolvidas satisfatoriamente com a câmera da linha de gol e o VAR", disseram ao Marca.

Em suma, a tecnologia da linha do gol ou a volta do chip da bola não devem acontecer tão cedo no Brasil e mesmo mundialmente não é unanimidade.

Estadão
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