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Apolinho, ícone do rádio e ex-técnico do Flamengo, morre aos 87 anos

Radialista apaixonado pelo time rubro-negro, que também foi diretor de futebol na Gávea, lutava contra um câncer

16 mai 2024 - 00h54
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Um dos maiores nomes da história do rádio brasileiro, Washington Rodrigues, o Apolinho, morreu, nesta quarta-feira à noite, no Rio, aos 87 anos. O radialista lutava contra um câncer.

Por mais de 20 anos, Washington Rodrigues comandou o "Show do Apolinho", líder de audiência pela Rádio Tupi do Rio. Ele também foi repórter e comentarista. "Pau com formiga", "Pinto no lixo", "Briga de cachorro grande" foram alguns dos bordões que usava em suas transmissões. No jornalismo impresso tinha a coluna "Geraldinos e Arquibaldos" no jornal Meia Hora.

Apaixonado pelo Flamengo, Apolinho chegou a ser técnico do time rubro-negro na gestão do presidente Kleber Leite, em 1995, quando o ataque da equipe tinha Romário, Edmundo e Sávio. A equipe não entusiasmou e acabou perdendo a final do Campeonato Carioca para o Fluminense, com direito a gol de barriga de Renato Gaúcho, mas foi vice-campeã da Supercopa da Libertadores. Três anos mais tarde voltou ao clube para ser diretor de futebol.

"Eu não sou técnico e nunca fui, mas o Flamengo não me convidou, me convocou. E todas as vezes que ele me convocar eu vou, pelo Flamengo eu faço qualquer coisa, se o goleiro se machucar e precisar de mim no gol eu vou lá e jogo, pelo Flamengo eu faço qualquer negócio, chamou eu tô dentro, qualquer coisa que quiserem eu vou", dizia, orgulhoso.

O Flamengo expressou sua tristeza nas redes sociais pela morte de Apolinho.

"Perdemos um dos maiores comunicadores do esporte nacional. Washington Rodrigues, o Apolinho, nos deixou nesta quarta-feira. Em décadas de carreira, moldou a forma como vivemos o futebol. Criou expressões inesquecíveis - é impossível lembrar do Gol do Pet em 2001 sem lembrar do aviso que 'acaba de chegar São Judas Tadeu' na voz de Apolinho. Washington Rodrigues foi treinador do Mais Querido no ano de nosso centenário e, ainda assim, era admirado e adorado pelas torcidas dos nossos rivais por seu carisma, sua imparcialidade e sua paixão. Ele nos deixou em uma noite em que o Flamengo venceu com 'chocolate' - expressão inventada por ele para definir goleadas."

Estadão
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