Roberto Assaf: Acredite, o Flamengo conseguiu chegar a uma decisão
Por incrível que possa parecer, com tantos erros da direção, o Flamengo ainda tem chance de brigar por um título em 2024, o da Copa do Brasil
O Flamengo obteve classificação heróica para a decisão da Copa do Brasil ao empatar em 0 a 0 com o Corinthians. Ficou com 10 jogadores desde os 28 minutos de bola rolando, sem força ofensiva e contra a torcida adversária. Por incrível que possa parecer, com tantos erros da direção do clube, ainda tem chance de brigar por um título em 2024. É a terceira final seguida do Rubro-Negro na competição.
Flamengo no primeiro tempo
O Flamengo deixou a primeira etapa com a vantagem - 1 a 0 construído no Maracanã - mais dois cartões amarelos e um vermelho, para Bruno Henrique, que acertou a cabeça de Matheuzinho. E um atacante a menos, pois Gabriel saiu para Fabrício Bruno entrar. Teve também um gol, de Alex Sandro, anulado pelo VAR. O Corinthians, mesmo com 11 a 10, praticamente não criou chances. E também não conseguiu ser absoluto, o que irritava, a sua torcida, é claro.
No intervalo, substituições para atletas advertidos - Ayrton Lucas x Alex Sandro e Félix Torres x Gustavo Henrique - e Carrillo na vaga de José Martinez, o que sugeria o desejo do Corinthians em ampliar o poder ofensivo. Com o resultado na mão, o Flamengo assumiu a retranca, restando ao adversário marcar o gol que levaria - no mínimo - aos pênaltis. Aos sete minutos, La Cruz, cujo nome justifica a sua condição de jogo - caiu em campo, cedendo o lugar para Alcaraz. Porém, mesmo sem pressão extraordinária, o time paulista passou a criar oportunidades, obrigando Rossi a praticar boas defesas.
Empate na raça
A situação da equipe carioca era terrível, pois não sabia como articular os ataques, e começava mostrar dificuldades para defender. Na realidade, bastava apenas aguardar o momento em que o Corinthians igualaria o placar. Aos 22, Ramon Diaz lançou mais dois homens de frente, Igor Coronado e Giovane. Mas embora não fosse um Alvinegro intenso, já parecia um milagre o Flamengo sustentar o 0 a 0. Aos 29, Pedro Henrique substituiu Talles Magno.
A equipe do Rio não tem poder de contra-ataque. Gérson joga (quase) sozinho; Rossi exibe farta segurança no gol. Por outro lado, o anfitrião, passando dos 40, também já parece sem forças. Seis minutos de acréscimos. O Corinthians, intranqüilo, não acerta mais nada. Enfim, a partida acaba.
Ficou a dúvida. Qual dos ataques é pior: o do Corinthians ou o do Flamengo?
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