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Corinthians questiona Fifa, mas 'caso Jô' deve se arrastar

Clube foi condenado a pagar R$ 18 milhões ao Nagoya Grampus pela contratação do jogador

8 dez 2020 - 07h02
(atualizado às 07h43)
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O Corinthians solicitou à Fifa a decisão fundamentada da ação que condenou o clube a pagar 3,4 milhões de dólares, cerca de R$ 18 milhões, ao Nagoya Grampus pela contratação de Jô.

Jô é um dos reforços do Corinthians para a temporada
Jô é um dos reforços do Corinthians para a temporada
Foto: Rodrigo Ziebell/FramePhoto / Estadão Conteúdo

A sentença foi expedida pelo órgão no dia 24 de novembro e o Timão tinha um prazo de 10 dias para fazer o requerimento. A diretoria não perdeu tempo e formalizou o pedido dentro do período estipulado.

Desta maneira, tanto o Corinthians quanto os advogados do atleta tomarão ciência sobre os fundamentos que embasaram a decisão. O passo seguinte é apresentar a defesa em recurso no CAS (Corte Arbitral do Esporte).

No entanto, o caso ainda deve ser arrastar por um longo período.

À Gazeta Esportiva, Bruno Tanuri, advogado que defende Jô na ação, explicou que a tréplica da Fifa não costuma acontecer antes de 30 dias.

A tese foi reiterada pelo clube, que enviou nota oficial à reportagem.

"Não há um prazo definido para a Fifa apresentar a decisão fundamentada. Dependendo do caso, pode levar meses. Quando a decisão fundamentada chegar, o Corinthians e o Jô terão acesso aos argumentos e, a partir de então, contarão com 21 dias para apresentar recurso ao CAS, que é o órgão de 2ª instância nesses casos".

O grande trunfo corintiano é o fato de Jô ter assinado contrato após a rescisão com os japoneses. Ou seja, o atacante estava livre no mercado.

Entenda o caso

O vínculo de Jô com o Nagoya iria até janeiro de 2021 e foi quebrado em junho de 2020. À época, o clube asiático confirmou a rescisão em nota oficial.

"O Nagoya Grampus Eight anuncia que o contrato de Jô (João Alves de Assis Silva) foi cancelado por justa causa. No momento, estamos introduzindo este caso na Câmara de Resolução de Disputas da Fifa".

Os japoneses se irritaram pelo fato de Jô não ter ido aos treinos a partir de janeiro de 2020. Mas, o staff do jogador também se manifestou em nota, na ocasião.

"O Nagoya Grampus rescindiu o contrato do atacante Jô. O clube japonês entende que é por justa causa, porém o departamento jurídico que cuida da carreira do brasileiro não entende dessa forma, pois em meio desta pandemia ocorreram diversas situações. Atualmente, o caso será julgado pelo DRC da Fifa e quando for notificado, o atacante e seu staff farão sua defesa".

Após tudo isso, Corinthians e Jô firmaram contrato com validade até dezembro de 2023.

Caso o Corinthians tenha sucesso na defesa, a situação deve se complicar para Jô, que poderá ser obrigado a ressarcir o Nagoya.

Em dezembro de 2017, os japoneses tiraram o centroavante do Corinthians por 11 milhões euros (R$ 43 milhões, na época).

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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