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Fernando Santos
Quarta-feira, 15 Maio de 2002, 21h07
terraesportes@terra.com.br

Lakers a perigo


A decisão da Conferência Oeste da NBA bem que poderia ser chamada de uma final antecipada da liga. Mas não se deve desprezar a força do Boston de Paul Pierce e Antonie Walker nem do Nets de Jason Kidd. Então, antes de passar a carroça na frente dos bois, é bom Lakers e Kings se cuidarem.

Este deve ser o grande teste para o Lakers, que sonha com o tricampeonato. Qualquer que seja o adversário numa eventual final da NBA, nenhum time tem condições de segurar Shaquille O'Neal. A exceção é o Kings.

O Sacramento é a maior ameaça do tri. Não apenas por ter feito a melhor campanha em toda a temporada ou por ter o mando de quadra na série. Mas por ser realmente um time equilibrado e com um ataque assustador.

Na série contra o Dallas, o Kings registrou a impressionante média de 113 pontos por partida, além de ter marcado mais de 100 pontos em todos os cinco jogos. Vale ressaltar que o Mavericks teve a segunda pior defesa da temporada regular.

Já o Lakers não conseguiu, em nenhuma partida contra o San Antonio, passar dos 100 pontos. Sua média foi de 90 por partida.

Porém, no critério de defesa, a situação é totalmente oposta. O Sacramento é outra verdadeira peneira: sofreu em média 107 pontos por jogo contra o Dallas, sendo que apenas uma única vez impediu o adversário de passar dos 100.

Já o Lakers em nenhum jogo contra o Spurs sofreu mais de 90 pontos. A média na série foi de apenas 86 pontos tomados por partida.

Outro ponto favorável ao time de Los Angeles é o retrospecto contra o Kings: venceu três dos quatro confrontos na temporada regular, incluindo uma partida no Arco Arena, o ginásio na capital da Califórnia onde começa a decisão do Oeste, no próximo sábado.

Então, quem é o favorito? O time de melhor campanha na temporada ou aquele que tem o melhor retrospecto no cara a cara? A grande questão nesta série será Shaquille O'Neal. O superpivô está jogando com limitações físicas, com dores nas pernas e no pulso. E isso tem restringido sua presença no garrafão. E pode ser um detalhe fundamental principalmente contra um adversário que tem capacidade para marcá-lo, com Vlade Divac.

Mas, se parar Shaq, o Lakers ainda tem Kobe Bryant, certo? Correto, mas nem tanto. O segredo do time de Los Angeles é a combinação entre os dois. Quando um recebe marcação dupla, sobra espaço para o outro aparecer, além das demais forças do time, como Derek Fisher, Rick Fox e Robert Horry.

Com O'Neal meia-boca, estaria aberto o caminho para a coroação dos Kings.

O Sacramento tem como grande arma nesta série não o seu astro Chris Webber, mas o armador Mike Bibby. O Lakers tem uma enorme dificuldade para evitar a penetração dos armadores rivais, situação que Bibby pode e deve aproveitar. Além disso, o Kings tem dois ótimos arremessadores, Peja Stoickovic e Doug Christie.

Prognóstico: sete jogos. Mas escolher o vencedor já é outra história.

Marcelinho

A assessoria de imprensa do ala Marcelinho, do Fluminense, envia um "pedido de esclarecimento". Diz a nota que o jogador não poderia ser incluído no draft deste ano, por ter superado a idade de 21 (ele já está com 26). Estranho, porque no ano passado, quando tinha 25, o próprio Marcelinho anunciou sua participação no draft e, em seguida, se retirou, alegando que iria se dedicar inteiramente à Seleção Brasileira.

A assessoria também "esclareceu" esse ponto. Diz que Marcelinho desistiu, no ano passado, de participar da Summer League, que reuniu os reservas dos times da NBA e jogadores não selecionados, numa espécie de peneira nacional. Este ano, o ala do Flu, segundo a assessoria, foi convidado a disputar o torneio de verão pelo Portland Trail Blazers.

Uma coisa é certa: todos torcem para que Marcelinho tenha uma oportunidade na NBA. Boa sorte!

 

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